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Polícia detém egípcios por perseguição às mulheres

A maioria das detenções (704) está relacionada com casos nos quais os homens incomodavam e agrediam as mulheres verbalmente.


	O assédio sexual às mulheres aumenta durante as festividades no Egito
 (Giuseppe Cacace/AFP)

O assédio sexual às mulheres aumenta durante as festividades no Egito (Giuseppe Cacace/AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2012 às 19h58.

Cairo - A polícia egípcia prendeu 727 pessoas, a maioria delas no Cairo, acusadas de perseguir mulheres durante a Festa do Sacrifício que termina nesta segunda-feira, informou o Ministério do Interior do país em comunicado.

Uma fonte desse departamento que não quis se identificar, explicou à Agência Efe que a maioria das detenções (704) está relacionada com casos nos quais os homens incomodavam e agrediam as mulheres verbalmente.

Nos outros 23 casos, foram registradas agressões contra a integridade física das mulheres.

Do total de detenções, 369 foram feitas no Cairo e 81 na província vizinha de Guiza, segundo dados divulgados pelo governo, que assegurou ter desdobrado agentes de segurança nas zonas mais movimentadas das principais cidades egípcias.

O responsável pelo Ministério acrescentou que todos os acusados foram apresentados perante a promotoria para que sejam iniciados os respectivos procedimentos e assinalou que a decisão de libertar ou manter os acusados em prisão preventiva cabe às autoridades judiciais.

O assédio sexual às mulheres aumenta durante as festividades no Egito, onde grupos de crianças e adolescentes aproveitam o tempo livre para perseguir egípcias e estrangeiras.

Segundo a Efe pôde constatar, durante este final de semana e por conta da Festa do Sacrifício, grupos de menores invadiram o centro e outras zonas da capital onde as mulheres foram objeto de perseguições verbais e agressões físicas.

Além disso, em algumas ocasiões os menores tentam assediar sexualmente as mulheres. Frente a esta prática, surgiram, nos últimos dias, várias iniciativas de organizações que buscam conscientizar e denunciar o assédio, enquanto o primeiro-ministro egípcio, Hisham Qandil, anunciou um futuro projeto de lei para aumentar a pena dos perseguidores.

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