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Polícia de NY procura homem de 28 anos após ataques

As autoridades indicaram que não há provas de uma coordenação dos ataques, mas a execução dos atos em um período de 24 horas provoca temores sobre segurança


	NY: autoridades afirmaram não possuir elementos para vincular os ataques de Nova York, Nova Jersey e Minnesota
 (Rashid Umar Abbasi/Reuters)

NY: autoridades afirmaram não possuir elementos para vincular os ataques de Nova York, Nova Jersey e Minnesota (Rashid Umar Abbasi/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2016 às 09h38.

A polícia encontrou dispositivos explosivos em Nova Jersey, incluindo um que foi detonado, informou nesta segunda-feira o FBI, ao mesmo tempo em que as autoridades investigam três ataques no território dos Estados Unidos em 24 horas.

Além disso, as autoridades de Nova York anunciaram nesta segunda-feira que procuram um homem de 28 anos vinculado à explosão em Manhattan que deixou 29 feridos.

O porta-voz da polícia, Peter Donald, divulgou no Twitter a foto de Ahmad Khan Rahami e informou que ele é procurado para ser interrogado a respeito da explosão de sábado à noite no bairro Chelsea.

O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, disse ao canal CNN que Rahami, um cidadão naturalizado americano que mora em Nova Jersey, "pode estar armado e ser perigoso".

As autoridades indicaram que não há provas de uma coordenação dos ataques, mas a execução dos atos em um período de 24 horas nos Estados Unidos provoca temores em termos de segurança no momento em que acontece uma dura batalha eleitoral entre a democrata Hillary Clinton e o republicano Donald Trump.

"Havia um pacote suspeito que continha múltiplos dispositivos explosivos improvisados à noite na estação de trens de Elizabeth, Nova Jersey", informou o FBI em uma mensagem no Twitter.

"No momento de desativação, um dos dispositivos foi detonado", completa a mensagem, segundo a qual ninguém ficou ferido.

O prefeito de Elizabeth, Chris Bollawage, afirmou que o pacote foi encontrado por dois homens, que perceberam "fios e um tubo" e alertaram as autoridades.

A polícia já estava investigando uma explosão em Manhattan, Nova York, um ataque com faca em Minnesota e outra explosão em Nova Jersey.

Nova York se encontra em alerta máximo. As autoridades mobilizaram 1.000 policiais e guardas nacionais nos aeroportos, terminais de ônibus e estações de metrô. O presidente Barack Obama desembarcou na cidade para a abertura, na terça-feira, da Assembleia Geral da ONU.

Nova York

De acordo com a imprensa, cinco pessoas foram detidas no domingo por possíveis vínculos com a bomba que explodiu no sábado em Nova York e feriu 29 pessoas - que já receberam alta -, além de ter provocado alguns danos em prédios.

A polícia encontrou uma segunda bomba a quatro quadras do local do incidente e a desativou sem problemas, para depois enviar o artefato à sede do FBI na Virginia para exames forenses.

Os dois dispositivos, preparados com panelas de pressão, continham pedaços de metal, telefones, luzes de Natal e compostos explosivos, informou o jornal The New York Times, que citou fontes policiais.

O departamento nova-iorquino do FBI informou em sua conta no Twitter: "Fizemos parar um veículo que era de interesse para a investigação", sem fazer menção a qualquer detenção.

"Ninguém foi acusado de qualquer crime. A investigação continua", completa a mensagem na rede social.

A imprensa de Nova York informou que os cinco passageiros do veículo estão sob custódia para interrogatórios.

Nova Jersey e Minnesota

No sábado também explodiu em Nova Jersey uma bomba de fabricação caseira em um contêiner de lixo em Seaside Park, antes de uma corrida de rua dos Marines, que teria centenas de participantes.

A explosão não provocou danos ou feridos, mas resultou na suspensão da prova.

No domingo, o tráfego ferroviário foi suspenso entre o aeroporto de Newark e Elizabeth após as notícias sobre o pacote suspeito.

A cidade de Elizabeth está relativamente próxima de Staten Island e da Ponte Verrazano.

Em Minnesota, um ataque com faca em um shopping de Saint Cloud, que deixou nove feridos, foi reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI).

O autor do ataque "era um soldado do Estado Islâmico, que respondeu à convocação para tomar como alvo os cidadãos dos países membros da coalizão dos cruzados", indicou o Amaq, órgão de propaganda do EI.

Ato terrorista?

As autoridades afirmaram não possuir elementos para vincular os ataques de Nova York, Nova Jersey e Minnesota, mas existe a suspeita de que foram atos de "terrorismo", doméstico ou jihadista.

"Uma explosão em Nova York obviamente é um ato de terrorismo, mas não está vinculado ao terrorismo internacional", disse o governador democrata do estado, Andrew Cuomo, no domingo enquanto percorria as ruas do bairro de Chelsea.

"Em outras palavras, não encontramos um vínculo com o ISIS", completou Cuomo em referência ao grupo Estado Islâmico (EI).

Bill de Blasio, prefeito de Nova York, cidade que a partir desta segunda-feira recebe chefes de Estado e de Governo de todo o mundo para a Assembleia Geral da ONU, foi prudente: "Não sabemos a motivação, não sabemos sua natureza. Não sabemos se teve motivação política ou se foi uma motivação pessoal".

Ninguém reivindicou as explosões em Manhattan ou Nova Jersey, ao contrário do ataque de Minnesota.

"Referências a Alá"

Quinze anos depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, as autoridades destacam que o país está muito mais seguro para enfrentar planos terroristas planejados no exterior, mas é vulnerável a ataques de "lobos solitários" inspirados pela propaganda do EI ou da Al-Qaeda.

Em Minnesota, o agente do FBI que coordena os trabalhos das forças de segurança, Rick Thornton, disse que investiga os atos como um "potencial ato de terrorismo. Mas ressalto que é potencial. Ainda há muitas coisas que não sabemos".

A polícia confirmou que o agressor perguntava às vítimas se eram muçulmanas antes de esfaqueá-las e que fazia referências a Alá.

De acordo com o jornal St Cloud Times, o agressor, que foi morto por um policial fora de serviço, era um americano de origem somali, Dahir Adan, de 22 anos, que estudava na universidade local.

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