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Polícia da Libéria dispersa protesto contra quarentena

Autoridades locais declararam um toque de recolher na terça-feira e colocaram o bairro West Point sob quarentena

Pessoas protestam em local de testes de ebola: residentes da área disseram não ter recebido alertas do bloqueio (Sabrina Karim/Reuters)

Pessoas protestam em local de testes de ebola: residentes da área disseram não ter recebido alertas do bloqueio (Sabrina Karim/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2014 às 11h26.

Monróvia - A polícia de Monróvia, capital da Libéria, disparou gás lacrimogêneo nesta quarta-feira para dispersar uma multidão com pedras nas mãos que buscava sair de um bairro colocado sob quarentena por causa do vírus do Ebola, disseram testemunhas. 

Autoridades locais declararam um toque de recolher na terça-feira e colocaram o bairro -chamado West Point- sob quarentena. A área foi contaminada pelo Ebola, que matou mais de 1.200 pessoas na Guiné, Serra Leoa, Libéria e Nigéria.

Não houve relatos de feridos no confronto, o qual, segundo testemunhas, começou após forças de segurança terem bloqueado vias de saída do bairro no começo da quarta-feira, utilizando mesas, cadeiras e arame farpado. 

Residentes da área disseram não ter recebido alertas do bloqueio, o que os impediu de ir ao trabalho ou comprar comida.  “Vimos (o bloqueio) apenas esta manhã. Saímos e não podíamos ir a lugar nenhum. Eu não ouvi de nenhum autoridade o que aconteceu”, disse à Reuters Alpha Barry, de 45 anos, que trabalha em uma casa de câmbio.

“Eu não tenho nenhuma comida e estamos com medo”, disse Barry, que disse ser de Guiné e ter quatro filhos menores de 13 anos.

Uma multidão em West Point invadiu um centro temporário que abrigava pessoas com suspeita de Ebola no fim de semana, e 17 pacientes fugiram. Todos eles foram recuperados e estão sendo tratados em outro centro, segundo o governo.

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