Mundo

Polícia chinesa revista casa de dissidente

Os agentes apreenderam computadores e o ameaçaram com represálias caso continue a escrever e publicar textos na rede

Hu Jia, dissidente de 38 anos, é famoso pela luta a favor dos direitos humanos, vítimas da Aids e do meio ambiente
 (Zeng Jinyan/AFP)

Hu Jia, dissidente de 38 anos, é famoso pela luta a favor dos direitos humanos, vítimas da Aids e do meio ambiente (Zeng Jinyan/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2012 às 08h12.

Pequim - O dissidente chinês Hu Jia anunciou nesta quinta-feira que oito policiais compareceram à sua residência em Pequim, apreenderam computadores e o ameaçaram com represálias caso continue a escrever e publicar textos na rede.

A operação aconteceu na noite de quarta-feira na residência em que Hu Jia mora com a esposa e a filha, que nasceu pouco antes da detenção do ativista em 2007.

A menina e Hu Jia presenciaram a operação, segundo o dissidente, que foi libertado em junho de 2011, depois de cumprir mais de três anos de prisão por "tentativa de subversão do poder". Procurada pela AFP, a delegacia do bairro se recusou a fazer comentários.

"Quando fui detido pela última vez, um grupo de indivíduos invadiu minha casa como ontem, revistaram tudo, mas minha filha tinha apenas um mês e meio e provavelmente não lembra de nada", declarou Hu Jia à AFP.

"Mas hoje ela tem quatro anos e entende mais as coisas. Me inquieta que estas ações de adultos afetem esta menina inocente", completou.

O dissidente de 38 anos, famoso pela luta a favor dos direitos humanos, vítimas da Aids e do meio ambiente, escreve artigos nas redes sociais, apesar da proibição de "expressar-se publicamente" que pesa contra ele.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCensuraChinaComunicaçãoDemocraciaPolítica

Mais de Mundo

China é uma das economias que mais cresceram em termos de inovação nos últimos 10 anos

China e Brasil são parceiros estratégicos maduros, diz ministro chinês

Furacão Helene deixa 41 mortos e 4,6 milhões sem energia nos EUA

Falta de água em Cuba: mais de um milhão de pessoas sem abastecimento