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Polícia alemã investiga massacre nazista de 1944 na França

O massacre em Ascq, um povoado de 3.500 habitantes perto da fronteira belga, ocorreu em abril de 1944, quando 86 franceses foram fuzilados pelos nazistas


	Nazismo: "Trata-se de três pessoas, duas da Saxônia e uma da Baixa Saxônia", todas com "cerca de 90 anos", disse promotor
 (Hulton Archive/Getty Images)

Nazismo: "Trata-se de três pessoas, duas da Saxônia e uma da Baixa Saxônia", todas com "cerca de 90 anos", disse promotor (Hulton Archive/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2016 às 13h22.

A polícia alemã realizou nesta sexta-feira buscas nas residências de três ex-SS da divisão Hitlerjugend acusados de ter cometido um massacre em 1944 em Ascq (norte da França), no qual 86 pessoas morreram, indicou uma fonte judicial.

"Trata-se de três pessoas, duas da Saxônia e uma da Baixa Saxônia", todas com "cerca de 90 anos", explicou à AFP Andreas Brendel, promotor de Dortmund responsável pelas investigações na Renânia do Norte-Westfalia sobre os crimes do nazismo.

O massacre em Ascq, um povoado de 3.500 habitantes perto da fronteira belga, ocorreu em abril de 1944, quando 86 franceses foram fuzilados pelos nazistas em represália ao descarrilamento de um trem alemão sabotado pela Resistência.

"Também revistamos os domicílios de outras pessoas e apreendemos documentos vinculados com a divisão Hitlerjugend, mas por enquanto essas pessoas são consideradas apenas testemunhas" e não suspeitas, afirmou Brendel.

"Os acusados negaram durante o interrogatório que foram membros da divisão e se isentaram de qualquer participação no massacre", acrescentou.

"Vamos analisar os documentos e ver como podem nos ajudar", acrescentou.

Brendel também dirigiu as investigações sobre outra massacre na França, em Oradour sur Glane, também em 1944.

Em dezembro de 2014, a justiça alemã desistiu de julgar, por falta de provas, um ex-soldado nazista acusado de envolvimento neste massacre no oeste da França, onde, em junho de 1944, 642 pessoas, incluindo 450 mulheres e crianças, foram mortas pela unidade SS à qual pertencia.

Werner C. afirmou que se limitou a vigiar os veículos da coluna e que chegou a "salvar a vida de duas mulheres", dizendo para que se "escondessem na floresta".

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