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Polícia alemã investiga ataque antissemita contra homens em Berlim

Homens que usavam solidéus foram atacados e insultados na capital do país na terça-feira (17)

Judeus: antissemitismo continua sendo um tema sensível no país, após assassinato de mais de 6 milhões de judeus durante o Holocausto (Nicholas Kamm/AFP)

Judeus: antissemitismo continua sendo um tema sensível no país, após assassinato de mais de 6 milhões de judeus durante o Holocausto (Nicholas Kamm/AFP)

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Reuters

Publicado em 18 de abril de 2018 às 16h14.

A polícia alemã informou nesta quarta-feira que iniciou uma investigação depois que dois homens que usavam solidéus foram atacados e insultados em Berlim na terça-feira, um incidente ocorrido em meio aos temores de que o antissemitismo esteja em ascensão na Alemanha.

O antissemitismo continua sendo um tema sensível no país, já que mais de 6 milhões de judeus foram assassinados durante o Holocausto da era nazista.

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse que o ataque foi "absolutamente pavoroso" e enfatizou que toda e qualquer forma de antissemitismo será tratada de maneira firme e decisiva, acrescentando: "A luta contra estes tipos de excesso antissemita precisa ser vencida".

A polícia disse não conhecer a identidade dos agressores.

Merkel afirmou existir antissemitismo tanto entre cidadãos alemães quanto entre pessoas oriundas de áreas em que se fala árabe.

Os dois homens, de 21 e 24 anos, foram atacados por três pessoas, detalhou a polícia, e o mais jovem sofreu ferimentos leves.

Um dos três agressores atingiu o jovem de 21 anos com um cinto e também tentou golpeá-lo com uma garrafa de vidro. Uma mulher que testemunhou o incidente se colocou entre eles e impediu que a violência prosseguisse.

Deidre Berger, diretora do Instituto AJC para Relações Germano-Judias de Berlim, disse que a agressão mostrou que as pessoas perderam suas inibições contra a violência antissemita.

"Não devemos fechar os olhos ao antissemitismo, que está se tornando cada vez mais frequente em partes da comunidade árabe e muçulmana. Não podemos permitir que os judeus se tornem alvos fáceis em nossas ruas".

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