Mundo

Polícia acusa ex-chefe da GSK China de corrupção

Investigação indicou que a companhia ganhou bilhões de iuanes com elaborados esquemas para subornar médicos e hospitais


	GSK: este é maior escândalo a atingir uma empresa estrangeira na China desde caso com a Rio Tinto
 (Ben Stansall/AFP)

GSK: este é maior escândalo a atingir uma empresa estrangeira na China desde caso com a Rio Tinto (Ben Stansall/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2014 às 14h32.

Pequim/Xangai - A polícia chinesa disse nesta quarta-feira que havia acusado de corrupção o ex-chefe da farmacêutica GlaxoSmithKline na China, além de outros colegas, depois de uma investigação indicar que a companhia ganhou bilhões de iuanes com elaborados esquemas para subornar médicos e hospitais.

Mark Reilly e dois executivos chineses, Guowei Zhang e Zhao Hongyan, também eram suspeitos de subornar funcionários dos departamentos da indústria e comércio em Pequim e Xangai, noticiou a agência oficial de notícias Xinhua, citando a polícia na província de Hunan.

Este é o maior escândalo de corrupção a atingir uma empresa estrangeira na China desde um caso envolvendo a Rio Tinto em 2009, que resultou na prisão de quatro executivos, incluindo um australiano, por um período de sete a 14 anos.

A GSK é a maior fabricante de medicamentos da Grã-Bretanha.

"Departamentos (da GSK) ofereceram subornos a médicos e hospitais, bem como pessoal para reforçar suas vendas. O montante envolvido estava na casa de bilhões de iuanes", disse um funcionário do Ministério de Segurança Pública em uma conferência de imprensa em Pequim.

As acusações - que carregam uma pena máxima de prisão perpétua no caso de suborno - foram vistas como mais duras do que muitos especialistas do setor e executivos estrangeiros baseados na China esperavam.

Funcionários não deram detalhes específicos sobre a quantidade de subornos pagos ou sobre quanto exatamente a empresa ganhara ilegalmente, embora tenha previamente acusado a companhia de canalizar até 3 bilhões de iuanes (482 milhões de dólares) para agências de viagens para facilitar subornos a médicos e funcionários.

A GSK disse que estava cooperando com as autoridades.

"Queremos chegar a uma resolução que permitirá à empresa continuar a dar uma contribuição importante para a saúde e o bem-estar da China e seus cidadãos", disse a farmacêutica em um breve comunicado divulgado em Londres, onde fica sua sede.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaCorrupçãoEmpresasEmpresas inglesasEscândalosFraudesGlaxoSmithKline

Mais de Mundo

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada

Kamala Harris diz que tem arma de fogo e que quem invadir sua casa será baleado