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Polêmica na França: Sarkozy critica política sobre a Síria

Três meses depois de sua derrota na eleição presidencial, o ex-presidente critica implicitamente seu sucessor no Palácio do Eliseu pela atitude na crise síria

Nicolas Sarkozy e François Hollande: ex-presidente critica o atual por sua gestão em relação à Síria (Philippe Wojazer/AFP)

Nicolas Sarkozy e François Hollande: ex-presidente critica o atual por sua gestão em relação à Síria (Philippe Wojazer/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de agosto de 2012 às 12h07.

Paris - As críticas veladas do ex-presidente da França Nicolas Sarkozy à política do governo do socialista François Hollande sobre a Síria geraram um forte mal-estar no executivo francês e na imprensa do país.

O ministro das Relações Exteriores, Laurent Fabius, respondeu ao presidente conservador que "esperava-se outra coisa de um ex-presidente".

"Estou surpreso que o Sr. Sarkozy deseje provocar uma polêmica sobre um assunto tão grave enquanto se esperava outra coisa de um ex-presidente", declarou Fabius em uma entrevista publicada nesta quinta-feira pelo jornal Le Parisien/Aujourd'hui.

Apenas três meses depois de sua derrota na eleição presidencial, Nicolas Sarkozy saiu de seu silêncio, na terça-feira, para criticar implicitamente seu sucessor no Palácio do Eliseu por sua atitude na crise síria.

Depois de terem conversado longamente por telefone, Sarkozy e o presidente do Conselho Nacional Sírio (principal órgão de oposição), Abdel Basset Sayda, disseram que têm a mesma análise "sobre a gravidade da crise síria e sobre a necessidade de uma ação rápida da comunidade internacional para evitar massacres".

Sarkozy e Sayda falaram das "grandes similaridades com a crise líbia", palco em 2011 de uma intervenção militar internacional, na qual a França assumiu o protagonismo ao exigir o envio de uma missão militar para impedir um massacre, dando a entender que poderia ser feito o mesmo na Síria.

Fabius respondeu que, "no fundo, a situação da Síria é muito diferente da (situação na) Líbia", particularmente de um "ponto de vista estratégico, já que a Síria é cercada, como todos deveriam saber, por Iraque, Líbano (com as consequências para Israel), Turquia e Jordânia".

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