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Poeira e sujeira ameaçam a saúde em Nova Friburgo

Autoridades preveem um aumento no aparecimento de doenças em consequência das enchentes e deslizamentos que ocorreram na cidade

Depois de seca a lama, carros e caminhões levantam poeira que causa problemas respiratórios nos habitantes de Nova Friburgo (Wilson Dias/ABr)

Depois de seca a lama, carros e caminhões levantam poeira que causa problemas respiratórios nos habitantes de Nova Friburgo (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2011 às 17h33.

Nova Friburgo (RJ) – Nova Friburgo ainda terá um ano de doenças em decorrência dos temporais e deslizamentos de terra ocorridos no último dia 12 na região serrana do Rio de Janeiro, previu hoje (26) a secretária municipal de Saúde, Jamila Calil.

A perspectiva é que a situação se agrave devido ao aumento dos problemas provocadas pela grande quantidade de sujeira e poeira que tomam conta do município. “É provável que tenhamos mais casos de doenças respiratórias e de pessoas com ferimentos infeccionados”, acrescentou Antonio Fabiano Chicres da Costa, diretor do único hospital público da cidade, o Raul Sertã..

Friburgo foi o município mais castigado pelas chuvas na serra fluminense. O Hospital Raul Sertã, por exemplo, foi alagado e grande parte de sua infraestrutura está fechada. Segundo Chicres da Costa, o pronto-socorro, o refeitório, o laboratório, o raio X, o almoxarifado, o hemocentro e o ambulatório cirúrgico do edifício foram inundados. “Ainda precisaremos de três a seis meses [para recuperar o prédio].”

Mesmo assim, o hospital está trabalhando de forma parcial. “Conseguimos manter o hospital em funcionamento, apesar da enchente, mas precisaremos de 30 a 60 dias para voltar a atender a população, principalmente aqueles pacientes com problemas crônicos, que estão sendo transferidos para a cidade do Rio de Janeiro”, disse a secretária Jamila.

De acordo com Chicres da Costa, o hospital está precisando de especialistas nas áreas de clínica geral, pediatria e enfermagem. “Alguns dos nossos funcionários tiveram suas casas danificadas e não estão podendo vir. Outros decidiram suspender o vínculo com o hospital”, lamentou o diretor. Ele afirmou que já manteve contato com o Ministério da Saúde, que prometeu enviar profissionais para o município.

Antes da enxurrada, a cidade contava com três hospitais: um público e dois privados. Desses, um está fechado. O posto de saúde do município teve sua estrutura condenada pela Defesa Civil.

A secretária Jamila disse que não é possível definir no momento o montante que precisará ser gasto para recuperar a estrutura da área de saúde do município, já que o levantamento sobre os prejuízos ainda não foi concluído. Até agora, informou ela, o setor de saúde do município recebeu cerca de R$ 9 milhões em caráter emergencial dos governo estadual e federal.

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