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Podemos se apresenta como oposição real ao governo da Espanha

O líder de Podemos, Pablo Iglesias, criticou as políticas do PP, assim como os casos de corrupção que afetam este partido

Pablo Iglesias: "Há mais delinquentes potenciais nesta câmara que lá fora" (Andrea Comas / Reuters)

Pablo Iglesias: "Há mais delinquentes potenciais nesta câmara que lá fora" (Andrea Comas / Reuters)

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EFE

Publicado em 27 de outubro de 2016 às 10h12.

Madri - O líder de Podemos, Pablo Iglesias, se apresentou nesta quinta-feira como oposição real ao governo do conservador Mariano Rajoy (PP) na Espanha, ao contrário do PSOE que se absterá na posse, e dos Ciudadanos (liberais), que apoiarão a escolha do candidato "popular".

Iglesias, em seu discurso durante o debate de posse no Congresso, criticou as políticas do PP, assim como os casos de corrupção que afetam este partido.

"Há mais delinquentes potenciais nesta câmara que lá fora", disse em referência ao direito dos cidadãos a se mobilizar e protestar contra as políticas injustas do Executivo.

Mas o líder do Unidos Podemos, grupo que reúne diferentes formações de esquerda e conta com 67 deputados, também foi muito duro com os socialistas, cuja abstenção, junto ao "sim" dos Ciudadanos, facilita a Rajoy a formação de um novo governo e se referiu aos três partidos como a "tríplice aliança".

Por sua vez, o presidente dos Ciudadanos, Albert Rivera, se comprometeu nesta quinta-feira a apoiar o governo de Rajoy para desbloquear a situação política na Espanha, embora reconheça que não é o presidente que queria.

Rivera afirmou que começa uma "nova etapa", sem maiorias absolutas e avisou que Rajoy será o principal responsável para que a legislatura "vá bem ou mal" e que esta consiga ou não durar.

O líder dos Ciudadanos, com 32 deputados, lembrou que sua opção era uma "grande coalizão" junto com PP e PSOE, embora não foi possível pela recusa dos socialistas.

O PP tem 137 cadeiras, e embora conte com o "sim" dos representantes dos Ciudadanos, necessita da abstenção dos socialistas (85 deputados) para ser investido presidente do Executivo.

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