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PMDB marca convenção e dissidentes protestam

Para a ala dissidente do partido, a convenção seria uma tentativa de legalizar a situação de quase 200 diretórios municipais que foram dissolvidos

No julgamento dos recursos do PMDB, as decisões em favor dos diretórios dissolvidos foram mantidas. (José Cruz/ABr)

No julgamento dos recursos do PMDB, as decisões em favor dos diretórios dissolvidos foram mantidas. (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2011 às 20h41.

São Paulo - O PMDB em São Paulo vai realizar uma convenção no dia 17 para eleger os 71 membros de sua comissão executiva estadual. Na prática, deve ser confirmada a chapa que tem na presidência o deputado Baleia Rossi, atual presidente da comissão provisória. Para a ala dissidente do partido ligada ao ex-governador Orestes Quércia, a convenção seria uma tentativa de legalizar a situação de quase 200 diretórios municipais que foram dissolvidos em São Paulo por atos da atual provisória.

O peemedebista Milton Luis Henrique de Araújo, de São José do Rio Preto, alega que a convenção foi convocada com pouco mais de uma semana de antecedência e sem divulgação. "Não puseram nem no site oficial do partido em São Paulo", disse. Segundo ele, os diretórios dissolvidos que recorreram à Justiça obtiveram ganho de causa. "Os juízes entenderam que a comissão provisória não tinha competência para intervir nos diretórios", disse.

No julgamento dos recursos do PMDB, as decisões em favor dos diretórios dissolvidos foram mantidas. O impasse chegou ao ponto de algumas cidades terem dois diretórios ativos: o que foi nomeado pela executiva e aquele reconduzido pela Justiça. Araújo enviou ofício ao presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp, alegando que a convenção é um casuísmo. "A comissão provisória quer fazer a convenção apenas com os diretórios que ela nomeou, excluindo aqueles que a Justiça considera como legítimos".

Ele pede a Raupp que suspenda os atos da comissão provisória, restabeleça os diretórios dissolvidos e faça a convocação de novas convenções. "Uma convenção estadual nessas condições, além de imoral é antiética e ilegítima", alegou. A assessoria do PMDB de São Paulo informou que a convenção foi convocada nos termos da legislação para a eleição da executiva estadual, em substituição à comissão provisória. Posteriormente serão realizadas as convenções municipais. De acordo com a assessoria, os atos da provisória estadual foram validados pela executiva nacional. Na convenção, está prevista a presença do líder nacional do partido e vice-presidente da República Michel Temer.

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