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PMDB busca afastar crise com PT mas sinaliza que pode endurecer

O PMDB já acena com uma leve pressão sobre o governo em pautas consideradas importantes na reabertura do Congresso em fevereiro

Temer parece ter tranquilizado os peemedebistas em relação à perda de espaço (Reuters)

Temer parece ter tranquilizado os peemedebistas em relação à perda de espaço (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de janeiro de 2011 às 16h01.

Brasília - O novo presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), buscou nesta terça-feira afastar os ventos de crise com o PT por conta da disputa por cargos no governo Dilma Rousseff. Após encontro com líderes da legenda, ele disse que o partido está satisfeito com os ministérios que recebeu e viu como "secundária" a distribuição de espaços no segundo escalão.

"O PMDB tem cinco ministérios, praticamente a mesma cota que tinha com o presidente Lula. O PMDB está satisfeito e contemplado já com os ministros, e em questão de segundo e terceiro escalões, os próprios ministros vão tratar disso", disse Raupp a jornalistas.

Também presente à reunião, o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), avaliou como positivo o adiamento das nomeações de segundo escalão, mas sinalizou que o partido pode endurecer com o governo.

"O PMDB adia essa discussão e aguarda um novo momento, mas sempre com a preocupação de que, na hora que for, haja um amplo diálogo, não só com o PMDB, mas com toda a base aliada, afinal somos um governo de coalizão", disse.

O discurso ensaiado de Alves e de Raupp demonstra que durante a reunião entre caciques peemedebistas, o vice-presidente da República Michel Temer conseguiu controlar a ânsia dos colegas de partido por novas nomeações.

Temer, que se licenciou da presidência do PMDB entregando-a a Raupp, também parece ter tranquilizado os peemedebistas em relação à perda de espaço nos cargos inferiores da administração.

O PMDB já acena, contudo, com uma leve pressão sobre o governo em pautas consideradas importantes na reabertura do Congresso em fevereiro. Alves citou, por exemplo, o debate em torno da medida provisória do salário mínimo.

"Queremos que a área econômica nos convença desse valor", afirmou numa referência aos 540 reais determinados na semana passada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Indagado se esse tema tem relação com a disputa por cargos no segundo escalão, Alves negou. "O que nós temos é uma preocupação legítima com o país."

Além de Alves, Raupp e Temer, participaram do encontro o presidente do Senado, José Sarney (AP), o senador Renan Calheiros (AL) e a governadora do Maranhão, Roseana Sarney.

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