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Platini está "entre" testemunha e acusado, diz procurador

Autoridades suíças estão tratando o presidente da Uefa como algo entre uma testemunha e uma pessoa acusada em investigação sobre corrupção, diz procurador


	Presidente da Uefa, Michel Platini
 (Valery Hache/AFP)

Presidente da Uefa, Michel Platini (Valery Hache/AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2015 às 16h28.

Zurique - Autoridades suíças estão tratando o presidente da Uefa, Michel Platini, como algo entre uma testemunha e uma pessoa acusada em investigação sobre corrupção no futebol, que foi ampliada na semana passada para incluir o presidente da Fifa, Joseph Blatter, disse o procurador-geral da Suíça.

"Nós não ouvimos Platini como testemunha, isso não é verdade. Nós o investigamos como alguém entre uma testemunha e uma pessoa acusada", afirmou Michael Lauber a repórteres após uma palestra nesta terça-feira.

"Se fiquei satisfeito ou não, eu não posso dizer, porque eu traria prejuízo real para a investigação", acrescentou. Ele disse que seu gabinete ainda não decidiu se vai apresentar acusações contra Blatter. Promotores questionaram os dois na sexta-feira, quando anunciaram uma investigação criminal contra Blatter.

Segundo eles, Blatter é suspeito de ter feito um "pagamento desleal" de 2 milhões de francos suíços (2,05 milhões de dólares) a Platini em 2011 às custas da Fifa, supostamente por trabalho realizado entre janeiro de 1999 e junho de 2002. Eles não disseram por que o pagamento foi classificado como "desleal".

Os dois dirigentes declararam na segunda-feira que o pagamento foi uma remuneração legítima pelo trabalho relizado, mas não explicaram a razão de Platini ter recebido o dinheiro nove anos depois de encerrado seu período como consultor remunerado.

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