Mundo

Plano de limitar preço do gás na UE só pode funcionar com aliados de fora do bloco, diz Scholz

Um teto "implica riscos de que os produtores possam vender o gás para outros lugares", disse Scholz

Os líderes europeus devem analisar nesta quinta-feira e na sexta-feira as propostas da Comissão Europeia - o Executivo do bloco - para reduzir os preços da energia (Kappeler/Getty Images)

Os líderes europeus devem analisar nesta quinta-feira e na sexta-feira as propostas da Comissão Europeia - o Executivo do bloco - para reduzir os preços da energia (Kappeler/Getty Images)

A

AFP

Publicado em 20 de outubro de 2022 às 10h53.

O plano da União Europeia (UE) de limitar o preço do gás para controlar o aumento dentro do bloco só pode funcionar com uma cooperação estreita dos sócios externos, como Coreia do Sul e Japão, afirmou o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz.

Um teto "implica riscos de que os produtores possam vender o gás para outros lugares", disse o chefe de Governo alemão aos parlamentares antes de uma reunião de cúpula europeia em Bruxelas que abordará o tema polêmico.

"Esta é a razão pela qual a UE deve estabelecer uma coordenação estreita com outros consumidores de gás, por exemplo Japão e Coreia do Sul, para que não compitamos uns com os outros", acrescentou.

Os líderes europeus devem analisar nesta quinta-feira e na sexta-feira as propostas da Comissão Europeia - o Executivo do bloco - para reduzir os preços da energia.

No início de outubro, 15 países pediram a aplicação de um teto aos preços das importações europeias de gás, mas a proposta não convenceu a Alemanha nem os outros países da Europa central.

Ao mesmo tempo, o chanceler alemão insistiu que o presidente russo, Vladimir Putin, usa a "energia como arma", mas que isto não afeta a determinação dos países ocidentais de apoiar a Ucrânia.

A "tática de terra arrasada" executada pela Rússia "apenas reforça a determinação e a perseverança da Ucrânia e de seus aliados", afirmou.

"O terror exercido pelas bombas e os mísseis russos é um ato de desespero de Moscou", completou.

Scholz disse ainda que, graças ao compromisso dos ocidentais, as "necessidades financeiras" da Ucrânia até o final do ano estão "praticamente garantidas".

Veja também: 

Acompanhe tudo sobre:Crise econômicaEnergiaOlaf ScholzUnião Europeia

Mais de Mundo

Manifestação reúne milhares em Valencia contra gestão de inundações

Biden receberá Trump na Casa Branca para iniciar transição histórica

Incêndio devastador ameaça mais de 11 mil construções na Califórnia

Justiça dos EUA acusa Irã de conspirar assassinato de Trump; Teerã rebate: 'totalmente infundado'