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Plano de aliança pode resolver crise iraquiana, diz Liga

Segundo a Liga Árabe, as propostas podem ser um ponto de partida para obter o consenso político no Iraque


	Secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al Araby
 (Amr Abdallah Dalsh/Reuters)

Secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al Araby (Amr Abdallah Dalsh/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2014 às 07h58.

Bagdá - A iniciativa apresentada pela opositora e laica Aliança Nacional Iraquiana (ANI) pode ajudar a conseguir um consenso para sair da atual crise no Iraque, disse nesta terça-feira o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al Araby.

"As ideias e propostas desse plano podem constituir um ponto de partida para conseguir o desejado consenso político entre as diferentes forças", ressaltou Al Arabi.

O responsável árabe efetuou intensos contatos com os chefes da diplomacia do Egito, Arábia Saudita, Kuwait, Iraque, Catar e Marrocos para informar sobre o projeto da coalizão liderada pelo ex-primeiro-ministro iraquiano Ayad Allawi.

O plano estipula a elaboração de um "roteiro", que inclui a formação de um governo de união nacional, integrado pelos principais dirigentes políticos e um número limitado de tecnocratas.

A coalizão de Allawi advoga pela realização de uma reunião na qual participem os primeiros-ministros que governaram o país desde 2004 até o atual, Nouri al-Maliki, além do presidente da região autônoma do Curdistão iraquiano, Massoud Barzani, e outros responsáveis.

Nessa reunião devem tomar parte os dirigentes das principais coalizões políticas, assim como os líderes religiosos muçulmanos -xiitas e sunitas- e cristãos.

A reunião deverá ocorrer em um lugar seguro com a presença do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e um representante do Tribunal Supremo do Iraque.

A reconciliação nacional é um dos pontos do "roteiro" para garantir um processo político global que só exclua os terroristas, os assassinos e os ladrões dos fundos públicos, segundo a iniciativa.

Além disso, consta no roteiro a formação das principais instituições do Estado iraquiano, especialmente as Forças Armadas e de Segurança, longe de cotas sobre bases religiosas ou étnicas.

No último dia 18, Allawi já tinha feito uma chamada a todas as partes em conflito no Iraque para que deixem as armas, iniciem um diálogo e estabeleçam uma plano de regra.

Após tomar o controle de amplas zonas do norte e o oeste do Iraque, os insurgentes sunitas liderados pelo Estado Islâmico do Iraque e o Levante (EIIL) ameaçaram continuar avançando em direção à Bagdá e aos santuários xiitas de Karbala e Najaf. EFE

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