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Pilotos da Air France ameaçam greve por tempo indeterminado

Funcionários estão realizando uma greve contra planos da companhia de expandir as operações de baixo custo de sua marca Transavia


	Air France: empresa quer lutar contra a concorrência de companhias aéreas de baixo custo
 (Pascal Le Segretain/Getty Images)

Air France: empresa quer lutar contra a concorrência de companhias aéreas de baixo custo (Pascal Le Segretain/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2014 às 08h54.

Paris - Um sindicato de pilotos da Air France advertiu nesta quinta-feira que poderia votar para estender a greve em curso "indefinidamente" se suas exigências não forem atendidas, enquanto a companhia aérea é forçada a cancelar cerca de 60 por cento dos seus voos pelo quarto dia.

Os pilotos estão realizando uma greve contra planos da Air France de expandir as operações de baixo custo de sua marca Transavia através da criação de bases estrangeiras, em que visa lutar contra a concorrência feroz de companhias aéreas de baixo custo.

Jean-Louis Barber, chefe da seção de Air France no sindicato dos pilotos SNPL, disse ao jornal Le Monde que a entidade poderá votar por estender a greve para além da data limite definida anteriormente, de 22 de setembro. "O CEO da Air France não pode administrar a empresa sem seus pilotos", disse o Barber, citado pelo Le Monde.

O presidente-executivo da Air France-KLM, Alexandre de Juniac, disse que apenas 42 por cento dos voos iram operar enquanto pilotos e a gestão da empresa se preparavam para uma nova rodada de negociações nesta quinta-feira.

"Eu estou pedindo aos pilotos: subam a bordo com a gente", disse Juniac à rádio RMC, anteriormente. "As negociações não terminaram, estamos começando de novo hoje à tarde."

A Air France está tentando aumentar seus lucros através da expansão da Transavia, mas diz que ao fazer isso não está tentando substituir a Air France.

O sindicato SNPL disse que seus membros temem que a companhia abandone o desenvolvimento da Transavia na França, culpando-os, e se concentrando em sua expansão no restante da Europa, e assim deslocando empregos para fora do país.

A disputa evidencia as discrepâncias nos salários, condições de trabalho e cobertura previdenciária entre os países europeus que são, teoricamente, parte de um mercado único de bens e serviços, mas de fato competem uns com os outros por empregos.

Juniac estimou que a greve está custando à empresa entre 10 milhões a 15 milhões de euros (12,9 milhões a 19,3 milhões de dólares) por dia.

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