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Pillay: violência contra jornalistas pode ser tortura

Três repórteres da BBC foram detidos perto de Zawiya e levados a um quartel, onde sofreram agressões, segundo a rede britânica

Navi Pillay, alta comissária para direitos humanos da ONU (Antônio Cruz/ABr)

Navi Pillay, alta comissária para direitos humanos da ONU (Antônio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 10 de março de 2011 às 18h41.

Genebra - A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, informou nesta quinta-feira que os atos de violência sofridos por três jornalistas da rede britânica BBC na Líbia "podem ser atos de tortura".

Três repórteres detidos em um posto de controle a cerca de 10 quilômetros da cidade de Zawiya (oeste da Líbia) foram levados a um quartel, onde "sofreram repetidas agressões" por parte de militares e de agentes dos serviços secretos líbios, segundo a BBC.

"O fato de que tenham sido considerados alvo, detidos e tratados com uma crueldade que pode ser considerada tortura é totalmente inaceitável e constitui uma violação grave do direito internacional", declarou Pillay, citada em um comunicado.

"Se uma equipe de televisão internacional pode ser presa deste tipo de maus-tratos, me preocupa acima de tudo o tipo de maus-tratos que podem sofrer os opositores do regime líbio que caírem em mãos dos serviços de segurança", destacou.

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