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PIB dos EUA: governo revisa dados do 2º trimestre e eleva crescimento de 3% para 3,8%

Novos dados foram anunciados nesta quinta-feira pelo Departamento de Análises Econômicas

Bandeira dos Estados Unidos, instalada nos jardins da Casa Branca (Brendan Smialowski/AFP)

Bandeira dos Estados Unidos, instalada nos jardins da Casa Branca (Brendan Smialowski/AFP)

Rafael Balago
Rafael Balago

Repórter de macroeconomia

Publicado em 25 de setembro de 2025 às 10h15.

Última atualização em 25 de setembro de 2025 às 10h17.

O governo americano divulgou nesta quinta-feira, 25, a terceira revisão do PIB dos Estados Unidos no segundo trimestre e alterou os dados, de alta anualizada de 3%, na primeira leitura, para 3,8%. A segunda revisão apontava alta de 3,3%.

O novo dado aponta a maior velocidade de crescimento em dois anos. No primeiro trimestre, o país teve uma contração na economia, de 0,6%. Esse dado também foi revisado.

A queda no PIB no primeiro trimestre foi puxada por uma alta forte nas importações, antes da entrada em vigor das tarifas de importação criadas pelo presidente Donald Trump. Além das taxas, há um cenário de incerteza, dadas as idas e vindas das medidas.

Trump anunciou uma lista de tarifas recíprocas a quase todos os países do mundo em 2 de abril, mas recuou dias depois após uma queda forte no mercado de títulos americanos. As taxas foram adiadas, mas entraram em vigor em 6 de agosto. Neste período, foram feitos acordos com vários países e com a União Europeia, mas outros foram taxados de forma elevada, como o Brasil, alvo de uma tarifa de 50%.

Em 2024, os EUA cresceram 2,8%. A taxa, no entanto, vinha em desaceleração. No quarto trimestre do ano passado, o crescimento do PIB havia sido de 2,4% na taxa anualizada, ante 3,1% no terceiro trimestre.

Impactos nos juros

Apesar da alta do PIB no segundo trimestre, o Fed, banco central americano, fez um corte na taxa de juros americana em sua reunião de setembro. O percentual caiu de 4,25%-4,5% para 4%-4,25%, com sinalização de novos cortes até o fim do ano. Um dos dados que o Fed observou foi a queda na geração de novas vagas de emprego no país.

O presidente Donald Trump pressiona o Fed para reduzir as taxas de juros. O republicano tem sido um crítico constante do Fed, acusando a instituição de não cortar os juros de forma agressiva o suficiente, o que, segundo ele, poderia impulsionar o crescimento econômico.

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