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Argentina deve encolher 2,8% em 2024 e crescer 5% em 2025, prevê FMI

País passa por ajuste fiscal duro no início do governo de Javier Milei

Javier Milei, presidente da Argentina (Juan Mabromata/AFP)

Javier Milei, presidente da Argentina (Juan Mabromata/AFP)

Rafael Balago
Rafael Balago

Repórter de macroeconomia

Publicado em 16 de abril de 2024 às 10h00.

A economia da Argentina deve se contrair em 2,8% em 2024, mas ter uma retomada forte e subir 5% em 2025, prevê o FMI (Fundo Monetário Internacional), em seu relatório World Economic Outlook, divulgado nesta terça, 16.

O fundo prevê ainda que a inflação deverá ficar em 249,8% ao ano em 2024, mas com queda para 59,6% em 2025. O país vive sua pior alta de preços em 30 anos.

O presidente Javier Milei, que tomou posse em dezembro, tomou uma série de medidas para cortar gastos públicos e liberalizar a economia, que geraram alta na inflação no começo do ano. A expectativa é que o índice se estabilize ao longo do ano.

A previsão do fundo segue a mesma desde sua última revisão de previsões, em janeiro. A entidade não fez comentários sobre a Argentina no relatório.

No começo de abril, Julie Kozack, diretora de comunicações do FMI, fez elogios à Argentina. "O progresso até agora tem sido impressionante. Janeiro e fevereiro registraram um superávit fiscal pela primeira vez em mais de uma década, as reservas internacionais estão sendo reconstituídas, a inflação está caindo mais rapidamente do que o previsto e os indicadores de mercado, como a variação cambial e o spread soberano, continuam melhorando", disse.

O FMI é um credor da Argentina e emprestou ao país 44 bilhões de dólares, que vão sendo liberados de forma escalonada, conforme o país atinge indicadores e cumpre obrigações estabelecidas.

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