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Pianista turco Fazil Say é condenado por críticas ao islã

Ele foi condenado a 10 meses de prisão por suas afirmações provocadoras no Twitter contra os muçulmanos


	O pianista turco Fazil Say: a pena não será aplicada a menos que o artista reincida durante um período de condicional de cinco anos
 (Fred Dufour/AFP)

O pianista turco Fazil Say: a pena não será aplicada a menos que o artista reincida durante um período de condicional de cinco anos (Fred Dufour/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2013 às 11h17.

Istambul - Um tribunal de Istambul condenou nesta segunda-feira a 10 meses de prisão, mas com a suspensão condicional da pena, o famoso pianista turco Fazil Say, que foi considerado culpado de "insultos aos valores religiosos" por suas afirmações provocadoras no Twitter contra os muçulmanos.

O veredicto do processo polêmico provocou um novo debate sobre a liberdade de expressão na Turquia.

Fazil Say, que não compareceu à audiência, foi declarado culpado de "insulto aos valores religiosos de parte da população", mas a pena não será aplicada a menos que o artista reincida durante um período de condicional de cinco anos, disse o juiz Hulusi Pur.

O acusado, de 43 anos, corria o risco de ser condenado a um ano e meio de prisão.

A advogada do pianista e seus amigos, que compareceram ao tribunal, se negaram a fazer comentários à imprensa após o anúncio do veredicto.

Durante a primeira audiência do processo, em outubro do ano passado, o pianista alegou inocência e disse que nenhuma de suas mensagens pretendia insultar, humilhar o islã e seus fiéis.

A advogada do músico, Meltem Akyol, reiterou os argumentos e pediu a absolvição.

Fazil Say, claramente hostil ao governo islamita conservador da Turquia, no poder desde 2002, acusou o Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP) de ter estimulado o processo.

"Tudo isto é político. Por trás há pessoas do AKP", declarou em dezembro ao canal CNN-Türk.

"Querem me obrigar a acreditar em Deus fazendo com que eu passe um ano e meio na prisão", denunciou o artista, que havia advertido alguns meses antes que, em caso de condenação, partiria para o exílio.

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