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PF indicia jornalista ligado a quebra de sigilo de tucanos

Amaury Ribeiro Júnior é indiciado sob suspeita de ter cometido quatro crimes

Jornalista é suspeito de ter encomendado dados fiscais de pessoas ligadas ao PSDB (Fabio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)

Jornalista é suspeito de ter encomendado dados fiscais de pessoas ligadas ao PSDB (Fabio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2010 às 19h32.

BRASÍLIA (Reuters) - A Polícia Federal indiciou, nesta segunda-feira, o jornalista Amaury Ribeiro Júnior como resultado das investigações sobre a quebra de sigilos fiscais de tucanos próximos ao candidato do PSDB à Presidência, José Serra.

Segundo a PF, o jornalista foi indiciado sob suspeita de ter cometido quatro crimes: violação de sigilo fiscal, corrupção ativa, uso de documento falso e oferecer vantagem a testemunha.

Ele teria encomendado os dados fiscais de pessoas ligadas a Serra, entre eles sua filha, Verônica, e o vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas. A suposta "encomenda" envolveu funcionários da Receita Federal e uma série de intermediários que atuaram na quebra do sigilo, munidos, em alguns casos, de documentos falsos, segundo as investigações.

Ribeiro Jr. afirmou que teria decidido realizar uma apuração jornalística que serviria para se contrapor ao que disse ser uma investigação feita por integrantes do próprio PSDB contra o então governador tucano de Minas Gerais, Aécio Neves. As violações de sigilo seriam decorrência dessa apuração.

De acordo com a PF, Ribeiro Jr. teria afirmado em outros depoimentos que as informações sigilosas sobre tucanos teriam sido roubadas do seu computador durante o período em que esteve em Brasília para encontro com pessoas ligadas ao PT. Integrantes da pré-campanha de Dilma Rousseff (PT) ao Planalto negociavam eventual participação do jornalista na campanha em abril de 2010. Ele recusou o convite.

Ribeiro Jr. foi indiciado após depoimento de seis horas e meia de duração. Ele ratificou os outros três depoimentos prestados à PF e silenciou sobre a maioria das novas perguntas.

(Reportagem de Maria Carolina Marcello e Hugo Bachega)

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