Mundo

Petroleiro iraniano deixa mancha de óleo de 18,5 km no mar

Técnicos da Administração Estatal de Oceanos da China estudam o alcance do derramamento do petroleiro que ardeu em chamas na semana passada

Petroleiro iraniano: acidente aconteceu depois que o petroleiro colidiu com um navio-mercante no dia 6 de janeiro nas águas do Mar da China Oriental (Foto/Reuters)

Petroleiro iraniano: acidente aconteceu depois que o petroleiro colidiu com um navio-mercante no dia 6 de janeiro nas águas do Mar da China Oriental (Foto/Reuters)

E

EFE

Publicado em 15 de janeiro de 2018 às 09h23.

Pequim - As autoridades da China detectaram uma mancha de petróleo de dez milhas (18,5 quilômetros) de extensão na região onde ontem afundou o petroleiro iraniano Sanchi, um acidente que está sob investigação, informou nesta segunda-feira a imprensa chinesa.

Técnicos da Administração Estatal de Oceanos estudam o alcance do derramamento, procedente do petroleiro, que transportava 136 mil toneladas de petróleo condensado, indicou a televisão estatal "CCTV".

Uma parte dessa carga queimou durante o incêndio que consumiu o navio durante uma semana. O acidente aconteceu depois que o petroleiro colidiu com um navio-mercante no dia 6 de janeiro nas águas do Mar da China Oriental.

Por outro lado, técnicos chineses já estão analisando a caixa preta do petroleiro, que foi recuperada do navio pouco antes de seu naufrágio.

"Acreditamos que a caixa preta ajudará na investigação das causas do acidente", disse hoje em coletiva de imprensa o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Lu Kang.

Lu reiterou que "a investigação está em andamento" e pediu a todos que esperassem por sua conclusão antes de fazer ponderações.

Além disso, o porta-voz afirmou que a China agradece a participação de outros países nos trabalhos de resgate e de combate ao incêndio, "já que ninguém quer um novo desastre".

Navios e equipes de Japão e Coreia do Sul se juntaram na passada semana às tentativas para apagar o incêndio do Sanchi e resgatar seus tripulantes.

O porta-voz rendeu uma homenagem aos integrantes dos serviços de resgate chineses que "arriscaram suas vidas" para tentar apagar o incêndio e entraram no navio para recuperar dois corpos e a caixa preta. As autoridades consideram que todos os 32 tripulantes morreram, dos quais só foram recuperados três corpos.

O site chinês "Caixin", especializado em economia, entrevistou hoje vários especialistas em segurança e biologia marítima que afirmam que o Sanchi deveria ter sido bombardeado ou torpedeado pelas forças armadas para ajudar a consumir o combustível do navio, antes que o mesmo afundasse.

Um biólogo marítimo que trabalha para a Associação Chinesa de Pesca indicou ao "Caixin" que deixar que o petroleiro afundasse sozinho foi "o pior cenário", já que o mesmo ficará vazando combustível lentamente do leito submarino, a cerca de 100 metros de profundidade, o que pode trazer danos à fauna e à flora marinha da região.

O Sanchi se chocou com o navio-mercante CF Crystal, de bandeira de Hong Kong, a 160 milhas náuticas (300 quilômetros) a leste do estuário do rio Yangtzé, próximo da cidade de Xangai.

Após oito dias à deriva, o petroleiro afundou a aproximadamente 151 milhas náuticas (cerca de 280 quilômetros) a sudeste do ponto onde foi registrada a colisão.

Acompanhe tudo sobre:acidentes-de-barcoNaviosPetróleo

Mais de Mundo

EUA negocia acordo para que seus navios de guerra não paguem pedágio no canal do Panamá

República Dominicana encerra buscas nos escombros de casa noturna com ao menos 124 mortos

Cúpula da Celac termina sem consenso por não adesão da Argentina de Milei, Paraguai e Nicarágua

Milei enfrenta terceira greve geral na Argentina, à espera de acordo com FMI