Mundo

Petrobras vai pesquisar etanol de bagaço da cana nos EUA

Empresa assinou contrato, nesta terça (24), com a KL Energy para desenvolvimento de tecnologia para produção de etanol celulósico

Hoje, o etanol é produzido apenas a partir do caldo da cana (.)

Hoje, o etanol é produzido apenas a partir do caldo da cana (.)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Rio de Janeiro - A Petrobras assinou hoje (24) um acordo com a empresa americana KL Energy Corporation para aprofundar suas pesquisas na produção de etanol a partir do bagaço de cana-de-açúcar.

Hoje, o etanol é produzido apenas a partir do caldo da cana. Com o combustível retirado do bagaço (chamado de biocombustível de segunda geração), a Petrobras espera aumentar em até 40% a produção do etanol a partir da mesma quantidade de cana.

De acordo com o gerente de Gestão Tecnológica da Petrobras Biocombustíveis, João Norberto Noschang, hoje é possível produzir até 86 litros de etanol com uma tonelada de caldo da cana. Ao usar o bagaço dessa mesma cana, pode-se aumentar essa produtividade em até 34 litros.

"O biocombustível de segunda geração aproveita resíduos de processos de produção. Então, nosso objetivo é aumentar em pelo menos 40% a produção do etanol sem necessidade de desmatamento e sem necessidade de se plantar mais cana-de-açúcar", afirmou.

As pesquisas serão feitas nas instalações da KL Energy, na cidade de Upton, nos Estados Unidos. A Petrobras gastará US$ 11 milhões (cerca de R$ 19 milhões) em obras de adaptação da planta de testes de etanol da empresa americana e na pesquisa propriamente dita. O acordo tem a duração de um ano e meio.

Segundo Noschang, a Petrobras já vem pesquisando o etanol de bagaço de cana desde 2004, mas decidiu fazer uma parceria para acelerar suas pesquisas. Ele explica que a Petrobras optou pela KL, em vez de uma empresa ou universidade brasileira, porque a empresa americana já está num estágio avançado de pesquisa. Além disso, a pesquisa desenvolvida pela KL seria complementar à da estatal brasileira.

Segundo o presidente da KL Energy, Peter Gross, a grande vantagem de sua empresa é já ter uma planta de testes para etanol, que demora cerca de dois anos para ser construída. A planta de Upton da KL só precisa de seis meses para ser adaptada às pesquisas da Petrobras, o que representa um ganho de um ano e meio.

Com o avanço das pesquisas, a Petrobras pretende construir a primeira planta de etanol de segunda geração do Brasil em 2013. Essa planta será construída ao lado de uma usina de etanol de primeira geração já existente da Petrobras.

Leia mais de etanol

Siga as últimas notícias de Meio Ambiente e Energia no Twitter

 

Acompanhe tudo sobre:BiocombustíveisCapitalização da PetrobrasCombustíveisCommoditiesEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEnergiaEstatais brasileirasEtanolGás e combustíveisIndústria do petróleoPesquisa e desenvolvimentoPetrobrasPetróleoQuímica e petroquímica

Mais de Mundo

Social-democratas nomeiam Scholz como candidato a chanceler nas eleições antecipadas

Musk critica caças tripulados como o F-35 — e exalta uso de drones para guerras

Líder supremo do Irã pede sentença de morte contra Netanyahu

Hezbollah coloca Tel Aviv entre seus alvos em meio a negociações de cessar-fogo