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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.
Rio - A Petrobras informou hoje que a plataforma P-33, alvo de denúncias a respeito das condições de segurança, passará por uma parada programada para manutenção geral em outubro.
Hoje pela manhã, técnicos da Marinha e da Agência Nacional do Petróleo (ANP) embarcaram na unidade para avaliar as denúncias, feitas pelo Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), que apontam risco à segurança dos funcionários embarcados.
Até o início da noite, não havia notícias sobre os resultados da vistoria. Marinha e ANP têm entre suas atribuições zelar pelas condições de segurança das plataformas de produção de petróleo no Brasil. Segundo a Petrobras, a última vistoria certificação da Marinha foi emitida em dezembro de 2009 e continua válida.
O Sindipetro-NF, porém, sustenta que há sérios problemas de segurança na P-33, que tem 11 anos de operação no campo de Marlim, na Bacia de Campos.
A embarcação chegou a ser interditada na semana passada pela Delegacia Regional do Trabalho, mas retomou as operações por força de liminar obtida pela Petrobras na Justiça de Macaé.
Em nota distribuída ontem, a estatal reforçou que não há riscos à segurança e informou que parte dos problemas apontados é comum a instalações em "atmosfera extremamente corrosiva, típica de ambientes marinhos".
A empresa diz, no texto, que a plataforma está "com os reparos devidamente programados". "No próximo mês de outubro a P-33 realizará sua parada programada para manutenção geral."
As paradas para manutenção são realizadas regularmente em todas as plataformas marítimas de petróleo, às vezes resultando em queda na média mensal de produção de petróleo. A P-33, porém, tem produção pequena, em torno de 20 mil barris por dia.
As denúncias de problemas de conservação foram feitas pelos próprios trabalhadores embarcados, segundo o Sindipetro-NF, que iniciou uma mobilização para interromper as atividades na embarcação. Além da Delegacia Regional do Trabalho, o sindicato levou a denúncia à Marinha, à ANP e ao Ministério Público do Trabalho.
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