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Petro alerta para 'colapso climático' se EUA não descarbonizar economia

Declaração do presidente colombiano ocorreu nesta quinta-feira, durante a abertura da cúpula de chefes de Estado da COP30

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter

Publicado em 6 de novembro de 2025 às 15h42.

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O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, declarou nesta quinta-feira, 6, que os Estados Unidos podem levar o mundo a um "colapso climático" caso não avancem com a descarbonização de sua economia.

A crítica do presidente colombiano foi feita durante a abertura da cúpula de chefes de Estado da COP30, realizada na cidade de Belém, no Brasil.

Petro associou a postura da Casa Branca à negação científica sobre a mudança climática. Segundo o ele, a conduta dos Estados Unidos, sob a liderança de Trump, representa uma ameaça à estabilidade ambiental global.

"O senhor Trump está equivocado, a ciência aponta para o colapso se os Estados Unidos não avançarem em direção à descarbonização de sua própria economia. Não é perfurar, perfurar e perfurar, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está 100% equivocado", disse Petro.

Durante o discurso, Petro destacou que a falta de progresso na descarbonização e os interesses do setor fóssil — incluindo petróleo, carvão e gás — continuam a interferir nos esforços multilaterais. Ele responsabilizou o que chamou de “lobby dos interesses fósseis” pelo que considera um retrocesso ambiental.

"Depois de 29 COPs, de discursos (...) estamos diante de um fracasso. O fracasso é medido pela ciência em termos de temperatura, de leis da termodinâmica. Esse fracasso se deve em primeiro lugar ao lobby dos interesses do petróleo, do carvão e do gás nesta assembleia", completou.

Pressão política na COP30

A COP30, conferência anual sobre mudanças climáticas sob a chancela da ONU, reúne líderes globais para negociar compromissos ambientais. Nesta edição, o debate central gira em torno do cumprimento das metas do Acordo de Paris e da revisão dos planos nacionais de corte de emissões.

Historicamente, os Estados Unidos figuram entre os maiores emissores de carbono do planeta. A crítica de Petro vem em um momento de polarização internacional sobre medidas ambientais, principalmente após o retorno de Trump à presidência, cuja política energética é centrada na expansão da produção doméstica de combustíveis fósseis.

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