O ex-diretor da CIA David Petraeus: durante vários dias, os políticos de ambos os partidos exigiram o testemunho direto de Petraeus (©AFP / karen bleier)
Da Redação
Publicado em 14 de novembro de 2012 às 16h20.
Washington - O ex-diretor da CIA David Petraeus, que renunciou na última sexta-feira, devido a um caso de adultério, testemunhará sobre o ataque ao consulado americano de Benghazi, na Líbia, amanhã, diante do Senado americano, confirmou nesta quarta-feira o senador John McCain.
O republicano John McCain indicou à imprensa que Petraeus se apresentará pessoalmente diante da Comissão de Inteligência do Senado na quinta-feira, atendendo assim à demanda de parlamentares. A imprensa já havia indicado que ele se pronunciaria na sexta-feira.
"O general Petraeus, como vocês sabem, vai participar da audiência na Comissão de Inteligência", disse em uma coletiva de imprensa, antes de confirmar que esta acontecerá na quinta-feira.
O senador também pediu a formação de uma comissão parlamentar especial para investigar os eventos de Benghazi, onde o embaixador e três outros americanos foram mortos em um ataque com armas pesadas no dia 11 de setembro.
"É essencial que o Congresso conduza sua própria investigação independente. Eu quero ser perfeitamente claro: o governo não tem credibilidade alguma, para a maioria de nós, sobre as múltiplas contradições e controvérsias levantadas na gestão deste caso", declarou John McCain.
O senador também mencionou os casos anteriores de Watergate e Irã-Contra para justificar o agrupamento em uma única instância de várias investigações realizadas por comissões do Senado (Inteligência, Assuntos Militares, Relações Exteriores, Segurança Interna).
Durante vários dias, os políticos de ambos os partidos exigiram o testemunho direto de Petraeus, para esclarecer particularmente sua ida à Líbia para investigar as circunstâncias do ataque ao consulado em 11 de setembro, no qual o embaixador Christopher Stevens e outros três americanos foram mortos.
O caso se tornou uma questão política. Os republicanos criticam o governo pela falta de segurança em torno do complexo diplomático e a lentidão com que a Casa Branca qualificou o ataque como terrorista.