Mundo

Petição pede correção de Saara Ocidental no Google Maps

A petição, feita através da plataforma change.org, já recebeu em duas semanas o apoio de 500 signatários


	Bandeira da Saara Ocidental: a petição se chama "Corrija o mapa do Marrocos" e sugere ao Google que elimine a linha pontilhada dividindo os países
 (Western Sahara/Flickr/CreativeCommons)

Bandeira da Saara Ocidental: a petição se chama "Corrija o mapa do Marrocos" e sugere ao Google que elimine a linha pontilhada dividindo os países (Western Sahara/Flickr/CreativeCommons)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2015 às 13h39.

Rabat - O Google recebeu um pedido público para que "corrija" em sua seção de mapas a parte do norte da África por incluir o Saara Ocidental como território diferente do Marrocos.

O Google Maps, seguindo o costume e a lei internacional, separa com uma linha pontilhada o território que é denominado "Saara Ocidental".

A petição, feita através da plataforma change.org, é assinado por uma pessoa identificada como John Smith, do Canadá, e já recebeu em duas semanas o apoio de 500 signatários, a maioria do Marrocos.

O pedido se chama "Corrija o mapa do Marrocos" e sugere ao Google que elimine a linha pontilhada e chame o território de "Saara marroquino".

"Se o Google Maps conseguir provar que há qualquer tipo de fronteira que separa o Marrocos de seu Saara, retirarei meu pedido; caso contrário, corrijam", diz o peticionário.

Entre os motivos, expostos em inglês e árabe, John Smith argumenta que Google "não é uma organização política para representar opiniões políticas ou visões do mundo, apenas uma ferramenta de busca que reflete realidades geográficas de países soberanos".

O Estado marroquino não está aparentemente por trás deste pedido, mas não seria a primeira vez que as autoridades intervêm em empresas que editam mapas, atlas ou livros para exigir a retirada de circulação (no Marrocos) de qualquer mapa que mencione o Saara Ocidental.

Recentemente, um grupo de turistas alemães foram detidos durante várias horas em Marrakech por usarem uma camisa confeccionada na Alemanha onde tinham impresso o mapa do Marrocos sem incluir o Saara Ocidental.

Eles foram liberados após provarem que não tinham qualquer objetivo político com o gesto.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaEmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetempresas-de-tecnologiaGoogleGoogle MapsMarrocosTecnologia da informação

Mais de Mundo

EUA negocia acordo para que seus navios de guerra não paguem pedágio no canal do Panamá

República Dominicana encerra buscas nos escombros de casa noturna com ao menos 124 mortos

Cúpula da Celac termina sem consenso por não adesão da Argentina de Milei, Paraguai e Nicarágua

Milei enfrenta terceira greve geral na Argentina, à espera de acordo com FMI