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Pessoas afetadas no Japão por consumir comida contaminada

Mais de 1.000 pessoas de quase todas as cidades do Japão apresentaram sinais de diarreia, vômito e outros transtornos após consumir alimentos contaminados

Produtos congelados: clientes detectaram um odor estranho em alimentos, sobretudo em croquetes e pizzas (Jiji Press/AFP)

Produtos congelados: clientes detectaram um odor estranho em alimentos, sobretudo em croquetes e pizzas (Jiji Press/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2014 às 07h59.

Tóquio - Mais de 1.000 pessoas em todo o Japão afirmaram ter ficado doentes por consumir alimentos congelados contaminados com pesticidas, anunciou nesta quarta-feira a agência de notícias Jiji.

Até terça-feira foram registrados 360 casos, mas desde que a imprensa divulgou a notícia foram feitas novas denúncias e o número de vítimas cresceu rapidamente.

No fim de dezembro, a filial Aqlifoods do grupo japonês Maruha Nichiro Holdings apontou a presença inexplicada de um pesticida chamado Malathion em diversos produtos congelados confeccionados em uma fábrica da cidade de Gunma, a noroeste de Tóquio.

Vários clientes detectaram um odor estranho em alimentos, sobretudo em croquetes e pizzas, e avisaram a empresa.

Os alimentos foram retirados da venda, mas pessoas que os ingeriram foram afetadas.

Um bebê de nove meses precisou ser hospitalizado de urgência depois de ter comido os croquetes contaminados.

No total, mais de 1.000 pessoas de quase todas as cidades do Japão apresentaram sinais de diarreia, vômito e outros transtornos.

A maior quantidade de casos, mais de 200, foi registrada na cidade de Hokkaido, no norte do Japão.

A empresa decidiu retirar da venda mais de 6,4 milhões de artigos, mas até o momento só conseguiu recuperar 1,49 milhões, menos de um quarto do número total.

Entre 29 de dezembro, quando a Aqlifoods fez o primeiro anúncio de retirada dos alimentos, e 7 de janeiro a empresa recebeu 630.000 chamadas de consumidores inquietos.

A polícia abriu uma investigação para determinar a origem da contaminação.

A quantidade de pesticida medida nos produtos afetados é tão alta que levantou a suspeita de uma introdução deliberada de Malathion, um inseticida utilizado na agricultura e de fácil acesso para os particulares.

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