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Pesquisas preveem derrota apertada de Erdogan em referendo

O referendo, impulsionado pelo partido de Erdogan, pretende entregar todo o poder executivo ao presidente e eliminar a figura do primeiro-ministro

Recep Tayyip Erdogan: se for aprovado, o novo sistema entrará em vigor após as próximas eleições presidenciais (YDylan Martinez/Reuters)

Recep Tayyip Erdogan: se for aprovado, o novo sistema entrará em vigor após as próximas eleições presidenciais (YDylan Martinez/Reuters)

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EFE

Publicado em 27 de março de 2017 às 08h47.

Istambul - Uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira indica que 51% dos turcos com direito a voto dirá "não" à reforma constitucional para outorgar o poder executivo ao presidente, atualmente o islamita Recep Tayyip Erdogan, no referendo do próximo dia 16 de abril.

A consulta, realizada pela empresa Sonar entre 5.000 pessoas, tem números parecidos com outra publicada no domingo e que dá ao "não" 51,2% dos apoios.

Por outro lado, nos últimos meses vem aumentando o apoio ao "sim" à reforma, impulsionada pelo governo e por Erdogan para transformar a Turquia em uma república presidencialista.

O respaldo ao "sim" oscilava em torno de 44% no último mês de fevereiro, contra 49% antes da polêmica aberta com vários países europeus que impediram que ministros da Turquia fizessem campanha eleitoral entre os turcos que vivem ali.

O referendo, impulsionado pelo governamental e islamita Partido de Justiça e Desenvolvimento (AKP), fundado por Erdogan, pretende entregar ao presidente todo o poder executivo e eliminar a figura do primeiro-ministro.

O AKP defende que um sistema presidencialista dará maior estabilidade política ao eliminar a figura do primeiro-ministro e concentrar o poder em uma só figura.

A oposição, por outro lado, denuncia que a mudança constitucional debilita as competências do parlamento e proporcionará mais poder ao presidente para controlar o aparelho judicial.

Se for aprovado, o novo sistema entrará em vigor após as próximas eleições presidenciais, previstas para 2019.

A reforma limita também a dez anos a permanência de uma pessoa no cargo de presidente.

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