Cristina Kirchner: presidente da Argentina deve ser reeleita, diz pesquisa (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 21 de outubro de 2011 às 19h48.
Buenos Aires - A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, possui ampla liderança sobre seus oponentes a duas semanas das eleições presidenciais e deve ser reeleita com mais de 50 por cento dos votos, mostraram duas pesquisas neste domingo.
O apoio a Kirchner está agora em 53,2 por cento, segundo a mais recente pesquisa mensal da empresa local de sondagem Management & Fit. Isso a coloca mais de 40 pontos à frente do rival mais próximo, o governador socialista da província de Santa Fé Hermes Binner.
Já na pesquisa Poliarquia, feita para o jornal La Nación, ela tem apoio de 49,3 por cento, mas uma votação projetada entre 52 por cento e 55 por cento considerando os eleitores ainda indecisos.
A presidente de centro-direita recebeu pouco mais de 50 por cento dos votos nas primárias de agosto, o que foi visto como um ensaio para a eleição de 23 de outubro porque todos os partidos já haviam escolhido seus candidatos e os eleitores poderiam escolher entre eles.
Binner tem um apoio de 12,4 por cento, acima dos 11,6 por cento do mês passado, e consolida sua posição como rival mais próximo de Kirchner, mostrou a pesquisa da Management & Fit.
A pesquisa Poliarquia também colocou Binner em segundo lugar com apoio de 13,6 por cento e votação projetada entre 14 por cento e 16 por cento.
Em terceiro lugar nas duas pesquisas apareceu o deputado social-democrata Ricardo Alfonsín, que tinha apoio de 7,8 por cento e 9,5 por cento nas sondagens.
A pesquisa Management & Fit mostrou o governador da província de San Luís, Alberto Rodríguez Saa, em quarto, com 7,4 por cento, enquanto a sondagem Poliarquia apontou apoio a ele de 8,2 por cento. Rodríguez Saa é um membro dissidente do Partido Peronista de Kirchner.
Cristina Kirchner, que escolheu o ministro da Economia, Amado Boudou, como seu candidato a vice, prometeu continuar com as políticas atuais, que incluem forte intervenção do Estado na economia, pesados subsídios aos transportes e energia e protecionismo comercial.
Ela tem aprovação de mais de 60 por cento graças ao expressivo crescimento econômico, ao fracasso da oposição de apresentar um desafio convincente e à simpatia do público depois da morte, há um ano, do marido dela e predecessor na presidência, Néstor Kirchner.
De acordo com a lei eleitoral argentina, os candidatos garantem vitória em primeiro turno se obtiverem mais de 45 por cento dos votos.
A pesquisa Management & Fit foi realizada entre primeiro e 5 de outubro com 2.031 pessoas, e possui margem de erro de mais ou menos 3,1 pontos percentuais; 10,2 por cento dos consultados afirmaram não saber ou não responderam. A pesquisa Poliarquia tinha margem de erro de 2,7 pontos e consultou 1.400 pessoas.
*Reportagem de Helen Popper e Alejandro Lifschitz