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Pesquisa na Flórida traz presságios de final como no ano 2000

A pesquisa revela uma situação de empate entre Hillary e Trump na Flórida e na Carolina do Norte, "os dois Estados que mais importam" nesta eleição

Eleições: segundo especialista, não é realista pensar em um cenário no qual Trump possa ganhar a Casa Branca sem triunfar na Flórida ou na Carolina do Norte (Chip Somodevilla/Getty Images)

Eleições: segundo especialista, não é realista pensar em um cenário no qual Trump possa ganhar a Casa Branca sem triunfar na Flórida ou na Carolina do Norte (Chip Somodevilla/Getty Images)

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EFE

Publicado em 7 de novembro de 2016 às 16h46.

Miami, 7 nov (EFE).- A candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton, tem um ponto de vantagem sobre o republicano Donald Trump no crucial estado da Flórida, segundo uma pesquisa que nesta segunda-feira provocou presságios sobre um possível final para as eleições de amanhã no estilo do ano 2000.

A pesquisa da Universidade de Quinnipiac revela uma situação de empate entre Hillary e Trump na Flórida e na Carolina do Norte, "os dois Estados que mais importam" nesta eleição.

Hillary está na frente de Trump por um ponto na Flórida (46% a 45%) e na Carolina do Norte a diferença é de dois pontos (47% a 45%), em uma pesquisa que tem uma margem de erro de 3,3 pontos para ambos casos.

A pesquisa foi feita entre os dias 3 e 6 de novembro com 884 possíveis eleitores na Flórida e 870 na Carolina do Norte por meio de ligações a telefones fixos e celulares.

"Após ter dedicado centenas de milhões de dólares e horas de trabalho incontáveis na campanha de ambos, seria normal que o país inteiro começasse a cantar: 'Isto começa a parecer-se com o ano 2000' nos dois Estados que mais importam: Flórida e Carolina do Norte", disse Peter A. Brown, diretor-adjunto da Quinnipiac University Poll, em comunicado.

Segundo este especialista, não é realista pensar em um cenário no qual Trump possa ganhar a Casa Branca sem ter triunfado em nenhum destes dois Estados, enquanto Hillary pode conseguir inclusive sem eles, mas "não é um caminho que queira transitar".

No entanto, Brown não acredita que se chegue a uma situação na qual o resultado seja tão apertado como os pouco mais de 548 votos que no ano 2000 decidiram na Flórida que o republicano George W. Bush fosse presidente e não o democrata Al Gore.

"Ambos estados podem manter o país em expectativa contando cédulas até a entrada da manhã de quarta-feira ou mesmo depois", afirma a Universidade de Quinnipiac.

Na Flórida, quase metade dos eleitores registrados para as eleições presidenciais e legislativas de amanhã já votou e, entre os adiantados, há mais democratas que republicanos, segundo os últimos números oficiais.

A Divisão de Eleições do estado informou hoje que 6,42 milhões de pessoas, dos quase 12,9 milhões habilitados para votar na Flórida, já exerceram seu direito.

Dos que já votaram, 2,56 milhões estão registrados como democratas e 2,47 milhões como republicanos, e outros 1,23 milhão de pessoas estão inscritas como "independentes", ou seja sem afiliação política.

Em 2012, quando Barack Obama foi reeleito presidente, na Flórida votaram mais de 8,5 milhões de pessoas.

Em referência à votação por correio e antecipada, a Universidade de Quinniapiac afirma que 47% dos votos já emitidos são para Hillary e 43% para Trump.

Os chamados "independentes" se inclinaram por Hillary em 45% dos casos e em 43% por Trump.

O "estado do sol" é um dos mais decisivos para o resultado das eleições de amanhã, tanto pelo número de circunscrições eleitorais que compreende (29) como porque não tem um padrão de voto fixo.

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