Hillary Clinton e Donald Trump: enquanto Hillary continua a favorita para vencer a eleição de terça-feira, Trump agora possui uma rota possível para a vitória (Mike Blake/Reuters)
Reuters
Publicado em 4 de novembro de 2016 às 08h26.
Nova York - A corrida pela Casa Branca se acirrou significativamente na última semana, à medida que diversos Estados decisivos que o republicano Donald Trump precisa ganhar deixaram de apoiar claramente a democrata Hillary Clinton, de acordo com pesquisa do projeto Estados da Nação, da Reuters/Ipsos.
Os dois candidatos presidenciais agora empatam na Flórida e na Carolina do Norte, e a liderança de Hillary em Michigan caiu tanto que não é possível definir um vencedor no Estado nas pesquisas. Ohio continua empatado e Pensilvânia agora se inclina para Hillary.
Enquanto Hillary continua a favorita para vencer a eleição de terça-feira, Trump agora possui uma rota possível para a vitória, especialmente caso haja uma forte queda no comparecimento de eleitores afro-americanos em relação aos níveis da eleição de 2012.
Ainda assim, Trump precisa ganhar na Flórida e na Carolina do Norte para ter uma boa chance de chegar à Casa Branca. Hillary pode perder nos dois Estado e ainda sem vencer a disputa.
O projeto Estados da Nação estima que as chances de Hillary ganhar os 270 votos necessários no colégio eleitoral é de cerca de 90 por cento, menos que os 95 por cento da semana passada. Caso a eleição tivesse sido realizada na quarta-feira, o projeto estima que ela teria 256 votos sólidos e uma estimativa final de cerca de 302 votos, enquanto Trump ficaria com 236. Na semana passada, ela tinha 278 votos sólidos e uma estimativa final de 320, ante 218 para Trump.
Os ganhos de Trump acontecem em um período no qual ele teve poucas controvérsias para lidar, enquanto Hillary enfrenta novas críticas sobre um polêmica envolvendo o uso de um email pessoal para correspondências do período em que foi secretária de Estado.
A maior parte dos entrevistados da pesquisa mais recente foram perguntados sobre o apoio aos candidatos após o diretor do FBI, James Comey, anunciar na sexta-feira passada que a agência está examinando emails recém-descobertos que podem estar ligados ao uso do servidor privado de Hillary.
Comey havia concluído em julho, ao final de uma investigação de um ano do FBI sobre a questão dos emails, que não havia evidências para acusar Hillary. Sua carta ao Congresso na semana passada falava que uma nova leva de emails pode, ou não, ser significativa.
Trump e outros republicanos usaram as notícias para questionar a credibilidade de Hillary, enquanto democratas criticaram o FBI, dizendo que iria influenciar eleitores em um momento tão próximo à eleição.
O projeto Estados da Nação é uma pesquisa com cerca de 15 mil pessoas semanalmente em todos os 50 Estados norte-americanos, além de Washington, D.C.