Feira de empregos em São Francisco, nos EUA: mais de 55% dos norte-americanos perderam empregos e renda com a crise (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 1 de julho de 2010 às 11h13.
Washington - Mais de 55% dos americanos afirmam que perderam emprego e renda, e tiveram de cortar suas despesas, mais de dois anos e meio depois do começo da recessão, segundo um relatório do centro de investigação social Pew.
Pelos números oficiais, o índice de desemprego ficou em 9,7% em maio, 16,6% têm empregos de meio turno ou abandonaram e estão procurando recolocação.
Mas o Pew indicou que o impacto da recessão vai além dos números: mais da metade dos americanos perderam o emprego, tiveram cortes em suas remunerações, uma redução das horas de trabalho, ou tiveram de aceitar empregos de meio turno.
Uma em cada seis pessoas nos Estados Unidos indica que teve de reduzir suas despesas, de acordo com a pesquisa.
"O que o relatório demonstra é a amplitude e a profundidade do impacto da recessão na população", disse o diretor de projeto do Pew, Paul Taylor.
A recessão, que começou em dezembro de 2007 e teve quatro trimestres consecutivos de contração da atividade econômica, atingiu a quase todos de uma forma ou outra, e dois anos e meio depois do início da recessão, o povo continua sentindo os efeitos.
O período médio de desemprego é de 23,2 semanas, o maior registrado e muito acima da média de desemprego de 12,3 semanas registrada no final da Segunda Guerra Mundial quando coincidiram a desativação de indústrias bélicas e o retorno de milhões de soldados.
No relatório, 48% dos pesquisados disseram que a situação financeira é agora pior do que antes da recessão, e um percentual similar percebe que o caminho em direção à recuperação será longo.
Aproximadamente 26% indicaram que seus filhos terão um nível de vida pior.
Pew assinalou que há uma década só 10% das pessoas nos EUA tinham essa percepção pessimista.
Para seu relatório, o Pew utilizou uma pesquisa telefônica realizada pela Princeton Survey Research Associates International na qual foram ouvidos 2.967 adultos entre os dias 11 e 31 de maio.
A pesquisa tem uma margem de erro de mais ou de menos 2 pontos percentuais.
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