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Peru confirma envolvimento de Keiko Fujimori no caso Odebrecht

O procurador-geral Pablo Sánchez explicou que "isso foi comprovado" e disse que sua instituição seguirá com as investigações

Keiko Fujimori: negou que tenha recebido dinheiro da Odebrecht (Mariana Bazo/Reuters)

Keiko Fujimori: negou que tenha recebido dinheiro da Odebrecht (Mariana Bazo/Reuters)

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EFE

Publicado em 29 de agosto de 2017 às 06h48.

Lima - A Ministério Público do Peru confirmou na segunda-feira que existe uma nota do empresário Marcelo Odebrecht que envolve a candidata derrotada nas últimas eleições presidenciais peruanas, Keiko Fujimori, no caso das doações supostamente entregues pela construtora brasileira a candidatos presidenciais.

O procurador-geral Pablo Sánchez, assegurou que a nota, encontrada no telefone celular de Marcelo Odebrecht, ex-presidente da construtora, já está em posse dos procuradores peruanos para incorporar-la em suas respectivas investigações sobre o caso.

De acordo com o portal "IDL-Reporteros", em junho, entre as notas da Odebrecht havia uma anotação que dizia: "Aumentar Keiko para 500 e eu vou fazer uma visita".

Sánchez explicou que "isso foi comprovado" e anunciou que sua instituição seguirá "os canais processuais que foram previstos" para investigar mais essa informação.

Marcelo Odebrecht pediu ao diretor de sua empresa no Peru, Jorge Barata, que aumentasse o apoio à candidatura de Keiko Fujimori durante a campanha presidencial peruana de 2011, segundo as declarações que deu aos promotores peruanos em maio passado, publicadas em julho pela revista "Caretas".

Keiko Fujimori disse, há 18 dias, que com a diligência do MP peruano para confirmar a existência dessa nota se confirmaria que nunca recebeu dinheiro da Odebrecht.

No Peru, o caso Odebrecht se concentra em traçar o rastro dos US$ 29 milhões que a empresa brasileira admitiu na Justiça dos Estados Unidos ter pago em propinas a funcionários peruanos, em troca da concessão de obras milionárias entre os anos de 2005 e 2014.

Esse período inclui os mandatos presidenciais de Alejandro Toledo, que tem um mandado de prisão por ter recebido uma suposta propina de US$ 20 milhões; Alan García, incluído em investigações por doações para o Metrô de Lima; e Ollanta Humala, preso por suposto financiamento irregular de seu partido.

Barata disse aos promotores peruanos ter feito doações para as campanhas eleitorais de vários candidatos à Presidência do Peru, como é o caso de Humala, com US$ 3 milhões em 2011, quantidade que o ex-presidente e sua esposa, Nadine Heredia, negam ter recebido.

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