Lima - A Marinha do Peru cancelou na madrugada desta quarta-feira o alerta de tsunami em todo o litoral do país, que foi declarado após o forte terremoto de magnitude 8,2 na escala Richter que atingiu o norte do Chile e que deixou pelo menos 9 feridos no Peru.

A direção de Hidrografia e Navegação da Marinha de Guerra do Peru afirmou em comunicado que decidiu pela suspensão do alerta depois de receber informações do Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico e após verificar os marégrafos do litoral.

A Marinha lembrou, em sua nota, que devido às características do terremoto foi emitido um alerta de tsunami para o litoral sul, centro e norte do país.

Em seu comunicado, informou sobre "as ondulações anômalas no litoral sul, produzidas pelas oscilações geradas pela grande quantidade de energia liberada no terremoto, que devem diminuir gradualmente nas próximas horas".

O terremoto que atingiu o norte do Chile foi sentido também na cidade peruana de Tacna e nas regiões de Moquegua e Arequipa, segundo o Instituto Geofísico do Peru (IGP).

De acordo com o relatório preliminar do IGP, o terremoto foi sentido às 18h46 locais da terça-feira (20h46 de Brasília) com intensidade de cinco graus em Tacna e de quatro nas regiões vizinhas de Moquegua e Arequipa, segundo a escala de Mercalli.

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O Instituto Nacional de Defesa Civil (Indeci) informou, em comunicado, que o tremor deixou nove pessoas levemente feridas, além de ter causado danos em sete imóveis e o desabamento de um templo, sem especificar os locais.

O serviço de distribuição elétrica foi afetado nas regiões de Tacna, Moquegua e Arequipa e deverá ser restabelecido paulatinamente nas próximas horas, segundo um relatório preliminar.

Após o terremoto, a prefeita de Lima, Susana Villarán, informou que foram fechados os acessos à Costa Verde a partir dos distritos de San Miguel, Magdalena, San Isidro, Miraflores e Barranco.

Em Tacna, a diretora regional de Educação, Magda Portugal, informou que as atividades escolares estão suspensas na província para que sejam feitas as verificações na infraestrutura dos centros educativos, segundo a "Radio Programas del Peru (RPP)".

As autoridades policiais de Tacna também informaram que a fronteira com o Chile está fechada depois que foi divulgada a fuga de mais de 300 detentas da prisão de Iquique, segundo o jornal "El Comercio".