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Peru avisa Maduro que ele não é bem-vindo na Cúpula das Américas

Ministro disse que a decisão reflete a opinião de uma dúzia de países que têm pressionado a Venezuela a realizar eleições livres e justas

Nicolás Maduro: presidente venezuelano prometeu participar da Cúpula das Américas, apesar da proibição do Peru (Marco Bello/Reuters)

Nicolás Maduro: presidente venezuelano prometeu participar da Cúpula das Américas, apesar da proibição do Peru (Marco Bello/Reuters)

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Reuters

Publicado em 3 de abril de 2018 às 17h45.

Lima - O novo ministro das Relações Exteriores do Peru disse nesta terça-feira que o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ainda não é bem-vindo para participar de uma cúpula regional em Lima na semana que vem, mantendo a decisão do ex-presidente do país.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e chefes de Estado de todo o hemisfério ocidental pretendem viajar ao Peru para a Cúpula das Américas, que celebrará o tema "governança democrática para combater a corrupção", de 13 a 14 de abril.

Em seu primeiro discurso como ministro das Relações Exteriores do Peru, Nestor Popolizio, disse que a decisão do Peru de não convidar Maduro para o evento reflete a opinião de uma dúzia de países que têm pressionado a Venezuela a realizar eleições livres e justas.

A recusa de Maduro em atender aos apelos por reformas democráticas "nega até mesmo a menor noção de democracia e representa um impedimento insuperável para participar da Cúpula das Américas", disse Popolizio diante de uma multidão de diplomatas e jornalistas no Ministério das Relações Exteriores.

"Esta é uma decisão firme que não está em revisão", afirmou Popolizio.

Maduro prometeu participar da Cúpula das Américas, apesar da proibição do Peru, que o governo de centro-direita do ex-presidente Pedro Pablo Kuczynski anunciou em fevereiro. Maduro diz que os governos de direita da América Latina fazem parte de uma conspiração internacional liderada pelos EUA para derrubá-lo e assumir o controle dos recursos petrolíferos da Venezuela.

Kuczynski foi um dos críticos mais diretos de Maduro, o chamando de "ditador" e exigindo que ele renunciasse.

Mas Kuczynski renunciou após um escândalo no mês passado e foi substituído por seu vice-presidente, Martín Vizcarra. Vizcarra se recusou a analisar Maduro e a cúpula na semana passada, dizendo que ele deixaria isso para o Ministério das Relações Exteriores.

(Por Reuters TV e Mitra Taj)

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