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Personalidades se manifestam sobre controle de armas nos EUA

Debate sobre o controle de armas nos Estados Unidos mudou de tom. Defensores do direito ao porte de armas agora estão dispostos a endurecer a legislação


	Rupert Murdoch: "Quando os políticos reunirão coragem para proibir as armas automáticas? Como fizeram em Oz (Austrália), após uma tragédia parecida", disse.
 (AFP/Coppel Alex)

Rupert Murdoch: "Quando os políticos reunirão coragem para proibir as armas automáticas? Como fizeram em Oz (Austrália), após uma tragédia parecida", disse. (AFP/Coppel Alex)

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Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2012 às 20h26.

Washington - Após o massacre em Newtown (Connecticut, nordeste), o debate sobre o controle de armas nos Estados Unidos mudou de tom. Democratas e republicanos defensores do direito ao porte de armas agora estão dispostos a endurecer a legislação, em um país onde metade dos lares tem armas de fogo.

A seguir, as declarações mais significativas desde que ocorreu o massacre de 20 crianças e 6 adultos na escola de ensino fundamental de Sandy Hook.

- RESPEITAR AS CRIANÇAS MORTAS

"A única forma de honrar estas crianças é exigir uma regulamentação estrita das armas, um acesso livre aos serviços psiquiátricos e o fim da violência como programa de política pública".

(Michael Moore, cineasta, diretor de "Tiros em Columbine", no microblog Twitter).

- EPIDEMIA NACIONAL

"A violência armada é uma epidemia nacional. Uma tragédia nacional que exige algo mais do que palavras. Precisamos de medidas imediatas do presidente do Congresso. Esta deveria ser sua prioridade". (Michael Bloomberg, prefeito de Nova York)

- MUDAR

"Não podemos tolerar mais. Estas tragédias devem terminar. E para que seja assim, devemos mudar. Estamos dispostos a dizer que somos impotentes diante de massacres como o de Newtown? Que as decisões políticas são difíceis demais de tomar?"

(presidente Barack Obama, durante cerimônia ecumênica em Newtown, no domingo)


- RADICAL E DEFINITIVO

"Isto será radical e definitivo. Faremos uma lista para proibir pelo menos uma centena de fuzis de assalto de tipo militar".

(Dianne Feinstein, senadora democrata, a respeito de sua proposta de proibir as armas de assalto).

- AS LEIS E AS MENTALIDADES

"Nos próximos dias e semanas, iniciaremos conversações sensatas e razoáveis sobre como mudar as leis e as mentalidades que permitem que esta violência siga aumentando".

(Harry Reid, líder da maioria democrata no Senado, conhecido por suas posições favoráveis ao direito de possuir armas)

- BEBÊS MASSACRADOS

"Devemos ir além das palavras, precisamos de ações (...) Nunca antes tínhamos visto matarem nossos bebês (...) Todas as alternativas devem estar sobre a mesa e peço a todos os meus colegas que se sentem para falar sobre armas de fogo, saúde mental e nossa cultura".

(Joe Manchin, senador democrata, membro da National Rifle Association, poderoso lobby favorável ao porte de armas)

- DEUS

"O povo quer que se aprovem novas leis... Mas é um assunto do coração, as leis não mudam esse tipo de coisas".

"Nós nos perguntamos porque há violência em nossas escolas, mas sistematicamente prescindimos de Deus em nossas escolas".

(Mike Huckabee, ex-governador republicano do Arkansas)


- PORTE DE ARMAS

"Deveria ser permitido portar uma arma em qualquer parte deste estado".

"Espero que o governo federal não reaja visceralmente, que cada vez que acontece um episódio (deste tipo), Washington pense que já sabe a resposta".

(Rick Perry, governador republicano do Texas)

- MAIS PISTOLAS, MENOS MATANÇAS

"Uma única política permitiu prever até agora as matanças: a lei sobre o porte de armas. Mais pistolas, menos matanças".

(Ann Coulter, advogada influente nos meios conservadores)

- IMITAR A AUSTRÁLIA

"Terríveis notícias as de hoje. Quando os políticos reunirão coragem para proibir as armas automáticas? Como fizeram em Oz (Austrália), após uma tragédia parecida".

(Rupert Murdoch, magnata da mídia, dono da rede Fox News, conhecida pelas mensagens favoráveis ao direito ao porte de armas)

- SILÊNCIO SIGNIFICATIVO

Desde o massacre em Newtown, nenhum membro da NRA, o mais poderoso lobby pró-armas dos Estados Unidos, se pronunciou publicamente.

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