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Perigo de contaminação radioativa ameaça alimentos no Japão

Na segunda-feira foram detectados índices de iodo 131 e de césio 134, 126,7 e 24,8 vezes mais elevados, respectivamente, que os fixados pelo governo

Níveis de radiação já atingem dimensão além da recomendada no Japão (Chris McGrath/Getty Images)

Níveis de radiação já atingem dimensão além da recomendada no Japão (Chris McGrath/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 22 de março de 2011 às 19h10.

Kitakami - A eletricidade foi parcialmente restabelecida na sala de controle de um dos seis reatores da central nuclear de Fukushima 1, gravemente danificada pelo terremoto seguido de tsunami que atingiu o nordeste do país no dia 11 de março, mas o temor de uma contaminação radioativa persitia no Japão devido aos resíduos que ameaçam os produtos procedentes do mar.

De acordo com o canal NHK, a energia voltou no centro de controle do reator 3 da usina, facilitando as condições de trabalho dos operários que correm contra o tempo para evitar vazamentos radioativos.

O reator 3 é a maior preocupação dos técnicos neste momento, porque é alimentado por uma mistura potencialmente volátil de urânio e plutônio.

Por outro lado, as autoridades não descartam o risco de contaminação dos alimentos e ministério da Saúde pediu aos municípios de Chiba e Ibaraki, ao leste de Tóquio, que intensifiquem os controles dos peixes e moluscos pescados nas costas das localidades.

Na segunda-feira foram detectados índices de iodo 131 e de césio 134, 126,7 e 24,8 vezes mais elevados, respectivamente, que os fixados pelo governo, em análises das águas do mar próximas de Fukushima, 250 km ao norte da megalópole de Tóquio e de seus 35 milhões de habitantes.

A empresa Tokyo Electric Power (Tepco), que administra as centrais nucleares, afirma no entanto que estes níveis de radioatividade não constituem uma ameaça para a saúde das pessoas.

A Agência de Pesca informou que os pescadores ainda não conseguiram retornar ao trabalho, 11 dias depois da destruição de barcos e portos pelo tsunami provocado pelo terremoto de nove graus de magnitude.

A catástrofe, a mais grave no Japão desde a Segunda Guerra Mundial, deixou 22.000 mortos e desaparecidos, incluindo 9.079 falecimentos confirmados, segundo o balanço provisório mais recente.

Para evitar novos vazamentos radioativos, as operações prosseguiam nesta terça-feira para tentar restabelecer os sistemas de resfriamento dos reatores.

As operações foram iniciadas após os primeiros incidentes registrados em 12 de março, apesar do risco que representam para a saúde dos bombeiros e técnicos expostos a fortes radiações. Na segunda-feira, um vazamento de colunas de fumaça afetou os reatores 2 e 3.

A central de Fukushima Daiichi (N°1), com estruturas obsoletas, foi gravemente afetada pelo terremoto e pela onda de 14 metros gerada em seguida no Oceano Pacífico.

Mas o resfriamento dos reatores, essencial para evitar uma fusão do combustível nuclear, ainda não foi obtido.
KITAKAMI, Japão (AFP) - A eletricidade foi parcialmente restabelecida na sala de controle de um dos seis reatores da central nuclear de Fukushima 1, gravemente danificada pelo terremoto seguido de tsunami que atingiu o nordeste do país no dia 11 de março, mas o temor de uma contaminação radioativa persitia no Japão devido aos resíduos que ameaçam os produtos procedentes do mar.

De acordo com o canal NHK, a energia voltou no centro de controle do reator 3 da usina, facilitando as condições de trabalho dos operários que correm contra o tempo para evitar vazamentos radioativos.

O reator 3 é a maior preocupação dos técnicos neste momento, porque é alimentado por uma mistura potencialmente volátil de urânio e plutônio.

Por outro lado, as autoridades não descartam o risco de contaminação dos alimentos e ministério da Saúde pediu aos municípios de Chiba e Ibaraki, ao leste de Tóquio, que intensifiquem os controles dos peixes e moluscos pescados nas costas das localidades.

Na segunda-feira foram detectados índices de iodo 131 e de césio 134, 126,7 e 24,8 vezes mais elevados, respectivamente, que os fixados pelo governo, em análises das águas do mar próximas de Fukushima, 250 km ao norte da megalópole de Tóquio e de seus 35 milhões de habitantes.

A empresa Tokyo Electric Power (Tepco), que administra as centrais nucleares, afirma no entanto que estes níveis de radioatividade não constituem uma ameaça para a saúde das pessoas.

A Agência de Pesca informou que os pescadores ainda não conseguiram retornar ao trabalho, 11 dias depois da destruição de barcos e portos pelo tsunami provocado pelo terremoto de nove graus de magnitude.

A catástrofe, a mais grave no Japão desde a Segunda Guerra Mundial, deixou 22.000 mortos e desaparecidos, incluindo 9.079 falecimentos confirmados, segundo o balanço provisório mais recente.

Para evitar novos vazamentos radioativos, as operações prosseguiam nesta terça-feira para tentar restabelecer os sistemas de resfriamento dos reatores.

As operações foram iniciadas após os primeiros incidentes registrados em 12 de março, apesar do risco que representam para a saúde dos bombeiros e técnicos expostos a fortes radiações. Na segunda-feira, um vazamento de colunas de fumaça afetou os reatores 2 e 3.

A central de Fukushima Daiichi (N°1), com estruturas obsoletas, foi gravemente afetada pelo terremoto e pela onda de 14 metros gerada em seguida no Oceano Pacífico.

Mas o resfriamento dos reatores, essencial para evitar uma fusão do combustível nuclear, ainda não foi obtido.

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