Malaysia Airlines: o pedaço de asa encontrado partirá hoje dessa ilha francesa de ultramar e chegará à França continental no sábado (REUTERS/Prisca Bigot)
Da Redação
Publicado em 31 de julho de 2015 às 14h27.
Paris - A Promotoria de Paris anunciou nesta sexta-feira que a perícia do fragmento de avião achado nesta semana na Ilha da Reunião começará na próxima quarta-feira, precedida na segunda-feira por uma reunião de trabalho a portas fechadas entre o juiz de instrução francês e representantes das autoridades malaias.
Esse pedaço de asa, que segundo o governo malaio pertence a um Boeing 777, similar ao da Malaysia Airlines desaparecido sem rastro há mais de um ano com 239 pessoas a bordo, partirá hoje dessa ilha francesa de ultramar e chegará à França continental no sábado.
A perícia desse fragmento será realizada no DGA TA, laboratório nos arredores de Toulouse dependente do Ministério francês de Defesa e especializado em investigações técnicas sobre acidentes de aviões.
A análise, segundo a nota, será efetuada na presença de um juiz de instrução, da seção de investigação da Gendarmaria de Transporte Aéreo (SRGTA), de um membro do Escritório francês de Investigação e Análise (BEA), de um especialista aeronáutico malaio e de um representante das autoridades judiciais desse país.
Na segunda-feira, por outra parte, o juiz de instrução francês receberá investigadores da SRGTA e representantes do BEA e das autoridades judiciais malaias para manter uma reunião de trabalho.
Na sede nos arredores de Paris do Instituto de Pesquisa Criminal da Gendarmaria Nacional francesa (IRCGN) será examinado, em paralelo, o pedaço de mala achado também nesta semana na ilha da Reunião perto do fragmento de avião.
O Boeing 777 da companhia aérea malásia desapareceu em 8 de março de 2014 após mudar de rumo em uma "ação deliberada", segundo os especialistas, apenas 40 minutos após ter decolado de Kuala Lumpur e de alguém desligar os sistemas de comunicação.
A bordo do avião viajavam 239 pessoas: 153 chineses, 50 malaios (12 formavam a tripulação), sete indonésios, seis australianos, cinco indianos, quatro franceses, três americanos, dois neozelandeses, dois ucranianos, dois canadenses, um russo, um holandês, um taiuanês e dois iranianos.
A Promotoria lembrou que, após o início em 11 de março de 2014 de uma investigação preliminar, abriu em maio desse ano uma investigação judicial, fase que precede um eventual julgamento, por homicídio involuntário e desvio de aeronave "que tenha implicado em morte de uma ou várias pessoas em relação com uma empresa terrorista".