Mundo

Pequim vai ajustar política monetária em 2011

Mudança anúnciada pelo governo deve levara aumento dos juros, acreditam analistas

O governo chinês anunciou que vai implementar uma política econômica "controlada, flexível e eficaz" (Teh Eng Koon/AFP)

O governo chinês anunciou que vai implementar uma política econômica "controlada, flexível e eficaz" (Teh Eng Koon/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2010 às 08h48.

- A China vai ajustar em 2011 sua política monetária, que de "relativamente relaxada" passará a ser "prudente", anunciou nesta sexta-feira a agência Xinhua, num momento em que a expansão da massa monetária provoca uma aceleração da inflação no país.

O Bureau Político do Partido Comunista chinês decidiu por esta mudança de orientação e quer aplicar uma política "controlada, flexível e eficaz", indicou a agência oficial chinesa.

"É um sinal claro de que um aumento das taxas de juros é iminente", explicou à AFP Brian Jackson, economista do Royal Bank of Scotland.

"As taxas atuais são baixas demais em relação à inflação. Avançaram apenas 25 pontos de base (0,25%) desde o início de 2009, o que é cada vez menos adaptado à situação atual", estimou o analista.

Um ajuste "era muito esperado". Além disso, "já havíamos visto um princípio de ajuste monetário", indicou Stephen Green, do banco Standard Chartered de Xangai.

De fato, com a intenção de combater a inflação e o aumento dos preços no setor imobiliário, o Banco Central chinês aumentou no mês de outubro, pela primeira vez em quase três anos, as taxas de juros, e subiu cinco vezes este ano as taxas de reservas obrigatórias dos bancos, depois de ter injetado dinheiro de maneira ostensiva na economia durante a crise.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaJurosPolítica fiscal

Mais de Mundo

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada

Kamala Harris diz que tem arma de fogo e que quem invadir sua casa será baleado

Após explosões no Líbano, Conselho de Segurança discute a escalada entre Israel e Hezbollah