Poluição em Pequim, na China (Kim Kyung-Hoon/Reuters)
Da Redação
Publicado em 25 de dezembro de 2015 às 11h19.
O dia de Natal em Pequim começou com uma grande camada branca, não de neve, e sim de poluição, que cobria as ruas e os edifícios, com uma neblina contaminante que representa um risco 25 vezes superior aos limites recomendados.
A neblina de poluição reduzia a visibilidade a poucos metros, sem que a prefeitura de Pequim tenha decretado um novo "alerta vermelho" para a a situação.
A concentração de partículas PM 2,5, especialmente perigosas porque penetram profundamente nos pulmões, alcançou nesta sexta-feira 620 microgramas por metro cúbico, segundo a embaixada americana.
O resultado está muito acima do limite máximo de 25 microgramas recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para uma exposição de 24 horas.
"Como o Papai encontraria sua chaminé em Pequim?". perguntou com ironia uma internauta na plataforma de microblogs Weibo.
O tráfego foi interrompido em algumas estradas periféricas e mais de 500 voos, nacionais e internacionais, foram cancelados no principal aeroporto da cidade.
A agência meteorológica municipal anunciou para o Natal um alerta laranja - nível que exige das fábricas a redução das emissões poluentes e que as escolas suspendam as atividades a céu aberto.
"Um dia ou dois por ano eu poderia aceitar. Mas a cidade se vê afetada todos os dias! Este é o 'novo normal'?", questiona um internauta, em referência a um slogan governamental.
A poluição aumentou com o grande uso de carvão para a produção de energia elétrica durante o inverno e pelas emissões nocivas das regiões industriais ao redor de Pequim.
A prefeitura de Pequim decretou "alerta vermelho" por poluição pela primeira vez no início de dezembro, medida que foi repetida na semana passada.