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Pequim sedia Cúpula Global das Mulheres em outubro

Evento nos dias 13 e 14 de outubro reunirá líderes internacionais para discutir igualdade de gênero, com presidente Xi Jinping reforçando compromisso chinês 10 anos após cúpula da ONU em Nova York

Mulheres em evento do Pacto Global na ONU em NY

Foto: Leandro Fonseca
Data: 20/09/2024 (Leandro Fonseca/Exame)

Mulheres em evento do Pacto Global na ONU em NY Foto: Leandro Fonseca Data: 20/09/2024 (Leandro Fonseca/Exame)

China2Brazil
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Agência

Publicado em 10 de outubro de 2025 às 19h26.

A China vai sediar a Cúpula Global das Mulheres em Pequim nos dias 13 e 14 de outubro de 2025. O evento reunirá líderes internacionais, representantes da ONU e organizações civis para discutir políticas de igualdade de gênero, participação econômica feminina e desenvolvimento sustentável.

O presidente Xi Jinping irá abrir a cúpula com um discurso sobre o papel das mulheres no progresso social e econômico, reforçando seu discurso de que “sem o progresso das mulheres, não há progresso da humanidade”.

Direitos das mulheres na China

A edição de 2025 marca a retomada da liderança chinesa no debate global sobre direitos femininos, dez anos após Xi presidir a cúpula da ONU em Nova York, em 2015.

A trajetória da igualdade de gênero na China combina avanços legais e participação social crescente. Entre 1995 e 2024, 189 países implementaram cerca de 1.500 reformas legais em prol da igualdade de gênero.

Na China, a Lei de Proteção dos Direitos e Interesses das Mulheres, revisada em 2022, passou a considerar necessidades específicas no planejamento urbano e infraestrutura, incluindo banheiros públicos e salas de amamentação.

Exemplos concretos incluem a atuação de Yang Shuting, cadeirante premiada como “Mulher Exemplar de 2025”, que criou cooperativas de geração de renda para mulheres.

Internacionalmente, iniciativas como o movimento Cinturão Verde, fundado por Wangari Maathai, beneficiam mulheres em mais de 30 países africanos, promovendo emprego e engajamento ambiental.

O desenvolvimento feminino está ligado diretamente ao crescimento econômico. Segundo o Banco Mundial, a equiparação da taxa de emprego entre homens e mulheres poderia aumentar o PIB global em 20%. A eliminação da desigualdade digital de gênero poderia tirar 30 milhões de pessoas da pobreza até 2050 e gerar US$1,5 trilhões à economia mundial.

Na China, em 2024, 64,5% das mulheres de 25 a 54 anos participavam da força de trabalho, e a matrícula feminina no ensino superior atingiu 37%.

Participação global e direitos humanos

Em 2024, o Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou, por consenso, uma resolução proposta pela China reafirmando os princípios da Declaração de Pequim. O documento, copatrocinado por mais de 110 países, reforça o compromisso global com o empoderamento feminino.

A ONU Mulheres lançou em 2025 a Agenda de Ação Pequim+30, que propõe fortalecer o multilateralismo e ampliar a cooperação internacional para reduzir desigualdades

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