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Pequim lança plano para impulsionar pesquisa científica com inteligência artificial até 2027

A capital chinesa divulga um plano estratégico para avançar na pesquisa científica com IA entre 2025 e 2027

China2Brazil
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Agência

Publicado em 11 de julho de 2025 às 15h11.

As autoridades de Pequim divulgaram, em 11 de julho, um plano para acelerar o desenvolvimento da pesquisa científica baseada em inteligência artificial (IA) entre 2025 e 2027.

A iniciativa reúne a Comissão Municipal de Ciência e Tecnologia, a Comissão Municipal de Desenvolvimento e Reforma, a Secretaria Municipal de Economia e Tecnologia da Informação e o Governo Popular do Distrito de Haidian.

O plano define quatro frentes prioritárias, incluindo o avanço em tecnologias-chave, ampliação da infraestrutura, aplicação em setores estratégicos e criação de um ecossistema de inovação.

As autoridades estabeleceram 17 tarefas, entre elas a pesquisa teórica em inteligência científica, desenvolvimento de um modelo fundamental científico multidisciplinar, criação de ferramentas inteligentes de simulação para cálculos científicos e implantação de uma plataforma aberta de dados científicos.

Objetivos e metas até 2027

Até 2027, Pequim pretende concluir o desenvolvimento do modelo fundamental multidisciplinar, estruturar ao menos 10 bancos de dados científicos qualificados e alcançar uma base de 10 milhões de usuários.

O plano também prevê a aplicação da tecnologia em cinco áreas e a consolidação de ao menos oito casos de uso com potencial de replicação. Outro objetivo é montar uma plataforma de serviços de inovação, fomentar a formação de profissionais com perfis interdisciplinares e estruturar uma base industrial com atuação internacional em inteligência científica.

Desenvolvimento e inovações da pesquisa em IA

Dados do Beijing Evening News apontam que a capital já desenvolveu o primeiro modelo atômico de grande escala do mundo, com cobertura de mais de 90 elementos. A ferramenta se destaca pela estabilidade e capacidade preditiva, sendo aplicada em áreas como ligas metálicas, moléculas bioativas, semicondutores e supercondutores de alta temperatura. Segundo os pesquisadores, o modelo reduziu em até 90% o custo computacional de dados e elevou a precisão dos resultados.

Além disso, Pequim estruturou o primeiro laboratório científico com IA voltado para todo o ciclo de pesquisa, da leitura de referências ao experimento final, incluindo cálculo e colaboração multidisciplinar. A plataforma, batizada de Estação Espacial Científica Bohrium, está em operação em mais de 40 universidades, centros de pesquisa e empresas chinesas. Atualmente, conta com 900 mil usuários cadastrados.

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