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Pequim fecha todas as escolas, de olho em segunda onda da covid-19

O ministro da Saúde anunciou 27 novos pacientes em Pequim, elevando para 106 o número total de casos registrados nos últimos cinco dias na cidade

Coronavírus: a capital da China registra um novo surto de coronavírus (Noel Celis/AFP)

Coronavírus: a capital da China registra um novo surto de coronavírus (Noel Celis/AFP)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de junho de 2020 às 09h06.

Última atualização em 17 de junho de 2020 às 08h50.

Capital da China, Pequim decidiu nesta terça-feira (16) elevar o estado de emergência na cidade do terceiro para o segundo nível. Com isso, todas as escolas de Pequim voltam a fechar suas portas e os alunos retomam o regime de aulas remotas por meios online.

O acirramento das medidas ocorre apenas 11 dias após o município tomar decisão contrária, quando relaxou as restrições contra a pandemia do novo coronavírus no dia 5 de junho. A razão para a mudança é um novo surto de covid-19 que já infectou 106 pessoas nos últimos cinco dias, segundo os registros oficiais de Pequim.

Ainda segundo os dados da prefeitura da capital chinesa, 27 das 106 contaminações foram registradas hoje. Todas elas são casos de contágio doméstico ligados ao mercado alimentício de Xinfadi, em Pequim.

Para frear o novo surto do vírus, a cidade desinfetou 276 pontos de venda de produtos agrícolas e 33.173 restaurantes até a manhã desta terça-feira. Ao todo, Pequim soma 700 casos do novo coronavírus desde o início da pandemia, sendo 526 oriundos de infecções domésticas e 174 importados de outros países.

Uma candidata a potencial vacina contra o novo coronavírus fabricada pela China National Biotec Group (CNBG) mostrou resultados promissores, de acordo com a empresa. Segundo informou a CNBG, a droga experimental foi capaz de gerar anticorpos em todos os testes clínicos feitos em humanos sem causar efeitos colaterais graves. Os testes tiveram início ainda em abril e contaram com a participação de 1.120 pessoas saudáveis entre 18 e 59 anos. A companhia chinesa disse que está buscando oportunidades em outros países para começar a realizar a terceira fase de testes.

CEO da AstraZeneca, Pascal Soriot afirmou que a potencial vacina contra o novo coronavírus que a empresa fabrica deve imunizar por um período de um ano. A declaração foi feita hoje à rádio belga Bel RTL.

A fabricante britânica já conduz testes clínicos em humanos em parceria com a Universidade de Oxford, na Inglaterra. "Se tudo correr bem, teremos os resultados dos testes clínicos em agosto ou setembro. Estamos fabricando a vacina em paralelo. Estaremos prontos para entregá-la em outubro", afirmou Soriot.

Um dos mais recentes epicentros mundiais da pandemia de covid-19 a Índia reportou hoje 10.667 novos casos e 380 óbitos provocados pela doença.

De acordo com o Ministério da Saúde local, 343.091 indianos contraíram o novo coronavírus, e 9.900 pessoas morreram por conta da pandemia no país. Logo atrás da Índia no número de casos, o Reino Unido registrou mais 1.279 infecções e 233 mortes nesta terça-feira. Ao todo, as quatro nações que compõem a Grã-Bretanha contabilizam 298.136 casos e 41.969 óbitos por covid-19, segundo os dados oficiais do governo britânico.

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