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EUA pede a aliados que desistam do "Manual da Guerra Fria"

EUA querem que membros da Otan descartarem o manual da Guerra Fria, enquanto aliança se adapta aos desafios da Rússia, no leste, e do Estado Islâmico, no sul


	Secretário de Defesa Ash Carter: EUA querem que membros da Otan descartarem o manual da Guerra Fria, enquanto aliança se adapta aos desafios da Rússia, no leste, e do Estado Islâmico, no sul
 (REUTERS/Thomas Peter)

Secretário de Defesa Ash Carter: EUA querem que membros da Otan descartarem o manual da Guerra Fria, enquanto aliança se adapta aos desafios da Rússia, no leste, e do Estado Islâmico, no sul (REUTERS/Thomas Peter)

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Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2015 às 11h37.

Washington - O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ash Carter, vai pressionar os aliados da Otan a "descartarem o manual da Guerra Fria", durante uma visita à Europa nesta semana, enquanto a aliança se adapta a um novo tipo de ameaça da Rússia, no leste, e do Estado Islâmico, no sul, disseram autoridades norte-americanas.

Carter vai primeiro a Berlim, onde ele deve pedir uma participação mais forte da Alemanha, maior economia da Europa, na segurança global.

A Alemanha continua hesitante quanto a enviar tropas ao exterior, sete décadas depois do fim da Segunda Guerra Mundial.

"Ele vai incentivar a Alemanha, sob a firme liderança do ministro da Defesa, a aumentar seu papel na segurança no mundo, para que fique proporcional ao seu peso político e econômico", disse um alto funcionário da Defesa dos EUA, falando sob a condição de anonimato.

As relações entre Moscou e o Ocidente chegaram ao seu ponto mais baixo pós-Guerra Fria, desde que a Rússia anexou a região ucraniana da Crimeia. A Otan diz que a Rússia ainda está oferecendo ativamente, apoio militar aos separatistas do leste da Ucrânia, apesar das negativas de Moscou.

Autoridades norte-americanas dizem que a questão na Ucrânia ressaltou a importância de ser capaz de combater a "guerra híbrida", uma combinação de tropas não identificadas, propaganda e pressão econômica que o Ocidente diz que a Rússia tem usado. O foco histórico da Otan tem sido as ameaças convencionais da Guerra Fria, que acabou em 1991.

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