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Pentágono orienta recrutadores a aceitarem homossexuais

Obama quer aprovar no Congresso uma medida regulamentando a presença de homossexuais nas Forças Armadas

Pentágono diz que precisa de tempo para rever a regra e liberalizar a presença de homossexuais (Scott Olson/Getty Images)

Pentágono diz que precisa de tempo para rever a regra e liberalizar a presença de homossexuais (Scott Olson/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2011 às 21h33.

Washington - O Pentágono disse na terça-feira que orientou os recrutadores do serviço militar a aceitarem a inscrição de homossexuais assumidos, atendendo a decisão judicial contra a regra que proibia isso.

A juíza Virgínia Phillips, da Califórnia, derrubou na semana passada a regra conhecida como "Não pergunte e não conte", e na segunda-feira rejeitou uma solicitação do Pentágono para preservar esse regulamento, adotado há 17 anos, pelo qual um gay ou lésbica pode estar nas Forças Armadas, desde que agindo com discrição a respeito da sua orientação sexual.

"Os recrutadores receberam orientação, e vão processar as inscrições para os candidatos que admitirem ser abertamente gays ou lésbicas", disse Cynthia Smith, porta-voz do Pentágono.

O governo Obama pretende aprovar no Congresso uma medida regulamentando a presença de homossexuais nas Forças Armadas, mas enquanto isso gostaria de manter em vigor a política adotada no governo de Bill Clinton.

O Pentágono diz que precisa de tempo para rever a regra e liberalizar a presença de homossexuais, já que isso exigiria resolver questões envolvendo benefícios para cônjuges, moradia e treinamento para uma força já sobrecarregada pelas guerras no Iraque e Afeganistão. Os militares também alertaram seus subordinados a não alterarem seu comportamento enquanto a questão tramita na Justiça.

A resistência do governo Obama à decisão judicial ameaça afastar o eleitorado homossexual do Partido Democrata, o que poderia ser decisivo para que os republicanos retomem o controle do Congresso na eleição do próximo dia 2.

Já os republicanos - muitos dos quais totalmente contrários à presença de homossexuais assumidos nas Forças Armadas - tendem a se beneficiar com polêmicas envolvendo questões sociais, as quais podem ser usadas para mobilizar sua base conservadora.

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