Mundo

Pentágono não vê com bons olhos civil à frente da NSA

Secretário Chuck Hagel considerou que passar a chefia da agência a um civil e separá-la de seu vínculo militar poderia provocar "vazios"


	O secretário de Defesa americano, Chuck Hagel: secretário respondeu com receio à recomendação de um painel independente criado pela Casa Branca
 (AFP/Aaron Hostutler)

O secretário de Defesa americano, Chuck Hagel: secretário respondeu com receio à recomendação de um painel independente criado pela Casa Branca (AFP/Aaron Hostutler)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2013 às 21h27.

Washington - O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, considerou nesta quinta-feira que passar a chefia da Agência Nacional de Inteligência (NSA) a um civil e separá-la de seu vínculo militar poderia provocar "vazios" de informação vitais para o Pentágono.

Hagel respondeu com receio à recomendação de um painel independente criado pela Casa Branca e divulgado nesta quarta-feira que pede ao presidente Barack Obama separar a NSA do cibercomando do Departamento de Defesa, atualmente sob um comando militar único.

"Não gostaria de ver o que pode acontecer, é que se cria um vazio de alguma maneira", explicou Hagel, que levantou a possibilidade de que as mudanças na estrutura de comando da NSA prejudicassem o fluxo de informação usado nas unidades em zonas de combate.

Hagel prometeu revisar o conjunto de recomendações e explorar todas as possibilidades e não quis descartar que um civil passe a controlar a NSA, algo que a Casa Branca não considerou adequado antes que se desse a conhecer o relatório.

Já o chefe do Estado-Maior Conjunto, o general Martin Dempsey, disse que o importante à hora de considerar as recomendações sobre espionagem é que os Estados Unidos não se volte mais vulnerável e que as tropas no terreno não obtenham suficiente informação.

Um painel de analistas proposto por Obama apresentou na quarta-feira 46 recomendações para equilibrar a obtenção de informação com a proteção da privacidade das pessoas em certas atividades da NSA, até há alguns meses secretas.

As revelações do ex-analista da NSA Edward Snowden sobre programas de espionagem eletrônico lançaram desde meados de ano a polêmica dentro e fora dos Estados Unidos, e levaram a Obama a propor essa revisão, principalmente pela péssima repercussão internacional.

Acompanhe tudo sobre:EspionagemEstados Unidos (EUA)NSAPaíses ricos

Mais de Mundo

Presidente do México diz que “não haverá guerra tarifária” com EUA por causa de Trump

Austrália proíbe acesso de menores de 16 anos às redes sociais

Putin ameaça usar míssil balístico de capacidade nuclear para bombardear Ucrânia

Governo espanhol avisa que aplicará mandado de prisão se Netanyahu visitar o país