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Pentágono: inimigos dos EUA exploram revelações do WikiLeaks

Porta-voz americano disse que "adversários exploram ativamente" os vazamentos do site

O Pentágono negou qualquer ligação com a prisão de Julian Assange, criador do WikiLeaks (Dan Kitwood/Getty Images)

O Pentágono negou qualquer ligação com a prisão de Julian Assange, criador do WikiLeaks (Dan Kitwood/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2010 às 17h04.

Washington - Os Estados Unidos dispõem de informações segundo as quais os dados contidos nos documentos revelados pelo WikiLeaks são "ativamente" explorados pelos "adversários de Washington", afirmou nesta terça-feira o porta-voz do Pentágono.

"Sabemos por vários canais que nossos adversários exploram ativamente" os dados divulgados pelo site, afirmou à imprensa o coronel Dave Lapan, que, no entanto, não disse como os EUA têm essa informação nem quem explora estas informações.

As consequências da revelação de informações que eram destinadas ao segredo ainda são difíceis de avaliar, segundo Lapan.

Os adversários dos Estados Unidos puderam tomar conhecimento dos modos de funcionamento dos americanos e dos seus meios para obter informação, e assim modificar seu comportamento em consequência, acrescentou.

Também nesta terça-feira, o porta-voz da diplomacia americana afirmou que a prisão do fundador do WikiLwaks é, "nesta etapa", um assunto bilateral entre o Reino Unido e a Suécia.

"Nossa investigação continua, e quanto à sua detenção, trata-se nesta etapa de um assunto entre o Reino Unido e a Suécia", declarou Philip Crowley.

Washington não está envolvido no que ocorreu nesta terça-feira, destacou Crowley, indicando que Assange foi detido "por um pedido de extradição proveniente da Suécia".

Julian Assange se entregou nesta terça-feira em Londres e foi preso. O fundador do WikiLeaks encontra-se em prisão preventiva até 14 de dezembro, por decisão de um tribunal de Londres, após ser detido nesta terça-feira por um suposto caso de estupro, pelo qual a Suécia pede sua extradição.

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