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Pentágono defende troca de presos talibãs por soldado Bowe

Governo se colocou na defensiva depois de acusações de ter libertado afegãos perigosos por soldado que talvez tenha desertado antes de ser capturado por talibãs


	Hagel foi convocado para explicar por que operação não foi comunicada ao Congresso com 30 dias de antecipação
 (AFP)

Hagel foi convocado para explicar por que operação não foi comunicada ao Congresso com 30 dias de antecipação (AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2014 às 17h06.

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, assegurou nesta quarta-feira que a decisão de trocar cinco prisioneiros talibãs pelo militar americano Bowe Bergdahl foi correta, mesmo sem o conhecimento do Congresso, o que desatou uma grande polêmica no país.

O governo de Barack Obama, que em 31 de maio apresentou a libertação do único prisioneiro de guerra americano como uma grande vitória, se colocou na defensiva depois das acusações de ter libertado afegãos perigosos por um soldado que talvez tenha desertado antes de ser capturado pelos talibãs.

Cinquenta e um por centos dos americanos desaprovaram a troca e 73% se mostraram favoráveis a levar Bergdahl ante a justiça caso se comprove sua deserção, segundo pesquisa ABC/Washington Post.

Hagel foi convocado ante os legisladores da comissão das Forças Armadas da Câmara de Representantes para explicar por que a operação não foi comunicada ao Congresso com 30 dias de antecipação como deveria.

"Tomamos a decisão correta e a tomamos pelas razões corretas: trazer para casa um dos nossos. Respeitamos a lei e fizemos o que acreditávamos ser melhor para nosso país, nossas Forças Armadas e o sargento Bergdahl", afirmou, acrescentando que as condições de sua captura e possível deserção são coisas separadas da necessidade de resgatar um soldado prisioneiro e que serão alvo de uma investigação.

Chuck Hagel defendeu a decisão de não informar o Congresso pela necessidade de agir com rapidez e evitar vazamento de informações que pudesse prejudicar o acordo e expor o soldado a maiores perigos.

Recordou, no entanto, que o Congresso já havia sido informado desde novembro de 2011 sobre a possibilidade de libertar os cinco talibãs de Guantánamo em uma negociação com os talibãs que acabou fracassando.

Os republicanos acusam o governo Obama de ter colocado em liberdade cinco perigosos inimigos e ter aberto um precedente perigoso de negociar com terroristas.

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