Gays: "a discriminação não tem lugar nas forças armadas americanas", disse o secretário de Defesa dos EUA (GettyImages)
Da Redação
Publicado em 9 de junho de 2015 às 18h05.
Washington - O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter, anunciou nesta terça-feira a ampliação da política de igualdade de oportunidades do Pentágono para amparar os soldados gays e lésbicas, já que, segundo disse, "a discriminação não tem lugar nas forças armadas americanas".
"Os jovens americanos são hoje mais diversos, abertos e tolerantes que nas gerações passadas e se quisermos atrair os melhores e mais brilhantes entre eles para contribuir com a nossa defesa nacional devemos ser mais diversos, abertos e tolerantes. Devemos começar de uma posição de inclusão e não exclusão. Qualquer outra forma será uma má política de defesa", declarou Carter em discurso na comemoração do Mês do Orgulho Gay na sede das forças armadas.
Com a nova política anunciada hoje, as queixas colocadas por militares gays e lésbicas por discriminação baseada na orientação sexual deverão ser investigadas formalmente pelos funcionários.
O discurso de Carter, primeiro chefe do Pentágono a participar desta comemoração, acontece depois que o Departamento de Defesa encerrou o processo de atualização de sua política de igualdade de oportunidades para incluir a orientação sexual. Assim, como o resto do governo federal, o Pentágono considera a discriminação pela orientação sexual "da mesma forma que a baseada em raça, religião, cor, sexo, idade ou origem".
Com esta decisão, o Pentágono dá mais um passo no reconhecimento da diversidade sexual de suas tropas depois eliminar, em 2011, a norma "Não pergunte, não conte" ("Don't ask, don't tell"), com a qual militares podiam ser dispensados caso sua orientação sexual fosse descoberta.